Mensagem da Conferência de Aparecida aos Povos da América Latina e CaribeAPARECIDA, quinta-feira, 31 de maio de 2007 - Publicamos a Mensagem que a Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano
e do Caribe emitiu a estes povos no dia de seu encerramento. Reunidos no Santuário Nacional de Nossa Senhora
da Conceição Aparecida no Brasil, saudamos no amor do Senhor todo o Povo de Deus e todos os homens e mulheres de boa vontade.
De 13 a 31 de maio de 2007 estivemos reunidos na V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, inaugurada
com a presença e a palavra do Santo Padre Bento XVI. Nos nossos trabalhos, realizados em ambiente de fervente oração,
fraternidade e comunhão afetiva, buscamos dar continuidade ao caminho de renovação percorrido pela Igreja católica desde o
Concilio Vaticano e nas anteriores quatro Conferências Gerais do Episcopado Latino-americano e do Caribe. Ao terminar
esta V Conferência lhes anunciamos que assumimos o desafio de trabalhar para dar um novo impulso e vigor à nossa missão em
e a partir da América Latina e Caribe. 1. Jesus Caminho, Verdade e Vida. “ Eu sou o Caminho, a Verdade
e a Vida ” (Jo 14,6) Diante dos desafios que nos propõe esta nova época na que estamos imersos, renovamos
a nossa fé, proclamando com alegria a todos os homens e mulheres do nosso continente: Somos amados e remidos em Jesus, Filho
de Deus, o Ressuscitado vivo no meio de nós; por Ele podemos ser livres do pecado, de toda escravidão e viver em justiça e
fraternidade. Jesus é o caminho que nos permite descobrir a verdade e alcançar a plena realização de nossa vida! 2.
Chamados ao seguimento de Jesus. “ Foram, viram onde vivia, e permaneceram com ele ” (Jo 1,39) O
primeiro convite que Jesus faz a toda pessoa que viveu o encontro com Ele é o de ser seu discípulo, para colocar os seus passos
sobre as suas pegadas e formar parte da sua comunidade. A nossa maior alegria é ser seus discípulos! Ele chama cada um de
nós pelo próprio nome, conhecendo profundamente a nossa história (cf. Jo 10,3), para conviver com Ele e enviar-nos a continuar
a sua missão (cf. Mc 3, 14-15). Sigamos o Senhor Jesus! Discípulo é aquele que, tendo respondido a este chamado, o
segue passo a passo pelos caminhos do Evangelho. No seguimento, ouvimos e vemos o acontecer do Reino de Deus, a conversão
de cada pessoa, ponto de partida para a transformação da sociedade e se abrem para nós os caminhos da vida eterna. Na escola
de Jesus aprendemos uma “vida nova”, dinamizada pelo Espírito Santo e refletida nos valores do Reino. Identificados
com o Mestre, a nossa vida é movida pelo impulso do amor e no serviço aos demais. Este amor implica uma contínua opção e discernimento
para seguir o caminho das Bem-aventuranças (cf. Mt 5, 3-12; Lc 6, 20-26). Não temamos a cruz que supõe a fidelidade ao seguimento
de Jesus Cristo, pois ela está iluminada pela luz da Ressurreição. Desta forma, como discípulos, abrimos caminhos de vida
e esperança para nossos povos que sofrem pelo pecado e por todo tipo de injustiças. O chamado a ser discípulos-missionários
exige de nós uma decisão clara por Jesus e seu Evangelho, coerência entre a fé e a vida, encarnação dos valores do Reino,
inserção na comunidade, e ser sinal de contradição e novidade em um mundo que promove o consumismo e desfigura os valores
que dignificam o ser humano. Em um mundo que se fecha ao Deus do amor, somos uma comunidade de amor, não do mundo, mas no
mundo e para o mundo (cf. Jo 15, 19; 17, 14-16)! 3. O discipulado missionário na pastoral da Igreja “
Ide e fazei discípulos todos os povos ” (Mt 28,19) Constatamos como o caminho do discipulado missionário
é fonte de renovação da nossa pastoral no Continente e novo ponto de partida para a Nova Evangelização dos nossos povos. Uma
Igreja que se faz discípula Da parábola do Bom Pastor aprendemos a ser discípulos que se alimentam da Palavra:
“As ovelhas o seguem porque conhecem sua voz” (Jo 10,4). Que a Palavra de Vida (cf. Jo 6, 63) saboreada na Leitura
Orante e a celebração e vivência do dom da Eucaristia nos transformem e nos revelem a presença viva do Ressuscitado que caminha
conosco e atua na história. Com firmeza e decisão continuaremos exercendo a nossa tarefa profética discernindo onde
está o caminho da verdade e da vida. Levantando a nossa voz nos espaços sociais dos nossos povos e cidades, especialmente
a favor dos excluídos da sociedade. Queremos estimular a formação de políticos e legisladores cristãos para que contribuam
na construção de uma sociedade justa e fraterna, de acordo com os princípios da Doutrina Social da Igreja. Uma
Igreja formadora de discípulos e discípulas Todos na Igreja estamos chamados a ser discípulos e missionários.
É necessário formar-nos e formar todo o Povo de Deus para cumprir com responsabilidade e audácia esta tarefa. A alegria
de ser discípulos e missionários se percebe de modo especial onde fazemos comunidade fraterna. Estamos chamados a ser Igreja
de braços abertos, que sabe acolher e valorizar cada um de seus membros. Por isso, alentamos os esforços que são feitos nas
paróquias para ser “casa e escola de comunhão”, animando e formando pequenas comunidades e comunidades eclesiais
de base, assim como nas associações de leigos, movimentos eclesiais e novas comunidades. Propomo-nos reforçar a nossa
presença e proximidade. Por isso, em nosso serviço pastoral, convidamos a dedicar mais tempo a cada pessoa, escutá-la, estar
ao seu lado nos seus acontecimentos importantes e ajudar a buscar com ela as respostas às suas necessidades. Façamos que todos,
ao ser valorizados, possam sentir-se na Igreja como em sua própria casa. Ao reafirmar o compromisso com a formação
de discípulos e missionários, esta Conferência se propôs atender com mais cuidado as etapas do primeiro anúncio, a iniciação
cristã e o amadurecimento na fé. A partir do fortalecimento da identidade cristã, ajudemos a cada irmão e irmã a descubrir
o serviço que o Senhor lhe pede na Igreja e na sociedade. Em um mundo sedento de espiritualidade e conscientes da
centralidade que ocupa a relação com o Senhor na nossa vida de discípulos, queremos ser uma Igreja que aprende a rezar e ensina
a rezar. Uma oração que nasce da vida e do coração e é ponto de partida de celebrações vivas e participativas que animam e
alimentam a fé. 4.Discipulado missionário ao serviço da vida “ Eu vim para que tenham vida e a tenham
em abundância ” (Jo 10,10). Do cenáculo de Aparecida nos dispomos a empreender uma nova etapa de nosso caminhar
pastoral declarando-nos em missão permanente . Com o fogo do Espírito vamos inflamar de amor o nosso Continente: “Recebereis
a força do Espírito Santo que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas… até os confins da terra” (At 1,8).
Em fidelidade ao mandato missionário Jesus convida todos a participar de sua missão. Que ninguém fique
de braços cruzados. Ser missionário é ser anunciador de Jesus Cristo com criatividade e audácia em todos os lugares onde o
Evangelho não foi suficientemente anunciado ou acolhido, especialmente nos ambientes difíceis e esquecidos e além de nossas
fronteiras. Como fermento na massa Sejamos missionários do Evangelho não só com a palavra, mas principalmente
com a nossa própria vida, entregando-a no serviço, inclusive até o martírio. Jesus começou sua missão formando uma
comunidade de discípulos missionários, a Igreja, que é o início do Reino. Sua comunidade também foi parte do seu anúncio.
Inseridos na sociedade, façamos visível o nosso amor e solidariedade fraterna (cf. Jo 13,35) e promovamos o diálogo com os
diversos atores sociais e religiosos. Em uma sociedade cada vez mais plural, sejamos integradores de forças na construção
de um mundo mais justo, reconciliado e solidário. Servidores da mesa partilhada As agudas diferenças
entre ricos e pobres nos convidam a trabalhar com maior empenho para ser discípulos que sabem partilhar a mesa da vida, mesa
de todos os filhos e filhas do Pai, mesa aberta, inclusiva, na qual não falte ninguém. Por isso reafirmamos nossa opção preferencial
e evangélica pelos pobres. Nos comprometemos a defender os mais fracos, especialmente as crianças, os enfermos, os
incapacitados, os jovens em situações de risco, os anciões, os presidiários, os migrantes. Velamos pelo respeito ao direito
que têm os povos de defender e promover “os valores subjacentes em todos os estratos sociais, especialmente nos povos
indígenas” (Bento XVI, Discurso em Guarulhos No. 4). Queremos contribuir para garantir condições de vida digna: saúde,
alimentação, educação, moradia e trabalho para todos. A fidelidade a Jesus exige de nós combater os males que causam
dano ou destroem a vida, como o aborto, as guerras, o seqüestro, a violência armada, o terrorismo, a exploração sexual e o
narcotráfico. Convidamos todos os dirigentes de nossas nações a defender a verdade e a velar pelo inviolável e sagrado
direito à vida e à dignidade da pessoa humana, da concepção até a morte natural. Colocamos à disposição de nossos
países os esforços pastorais da Igreja para contribuir na promoção de uma cultura da honestidade que repare a raiz das diversas
formas de violência, enriquecimento ilícito e corrupção. Em coerência com o projeto do Pai criador, convocamos todas
as forças vivas da sociedade para cuidar da nossa casa comum, a Terra, ameaçada de destruição. Queremos favorecer um desenvolvimento
humano e sustentável, baseado na justa distribuição das riquezas e na comunhão dos bens entre todos os povos. 5.Rumo
a um continente da vida, do amor e da paz “Nisto conhecerão todos que são discípulos meus” (Jo 13,35)
Nós, participantes na V Conferência Geral em Aparecida e junto com toda a Igreja “comunidade de amor”,
queremos abraçar todo o continente para transmitir-lhe o amor de Deus e o nosso. Desejamos que este abraço alcance também
o mundo inteiro. Ao terminar a Conferência de Aparecida, no vigor do Espírito Santo, convocamos todos os nossos irmãos
e irmãs para que, unidos, com entusiasmo, realizemos a Grande Missão Continental. Será um novo Pentecostes que nos impulsione
a ir, de modo especial, em busca dos católicos afastados e dos que pouco ou nada conhecem Jesus Cristo, para que formemos
com alegria a comunidade de amor do nosso Deus e Pai. Missão que deve chegar a todos, ser permanente e profunda. Com
o fogo do Espírito Santo, avancemos construindo com esperança a nossa história de salvação no caminho da evangelização, tendo
em torno a nós tantas testemunhas (cf. Hb 12, 1), que são os mártires, santos e beatos do nosso continente. Com o seu testemunho
nos mostraram que a fidelidade vale a pena e é possível até o fim. Unidos a todo o povo orante, confiamos a Maria,
Mãe de Deus e Mãe nossa, primeira discípula e missionária ao serviço da vida, do amor e da paz, invocada sob os títulos de
Nossa Senhora Aparecida e de Nossa Senhora de Guadalupe, o novo impulso que brota a partir de hoje em toda a América Latina
e Caribe, sob o sopro do novo Pentecostes para a nossa Igreja a partir desta V Conferência que aqui celebramos. Em
Medellín e em Puebla terminamos dizendo: “CREMOS”. Em Aparecida, como o fizemos em Santo Domingo , proclamamos
com todas as nossas forças: CREMOS E ESPERAMOS. Esperamos… Ser uma Igreja viva, fiel e crível, que
se alimenta na Palavra de Deus e na Eucaristia. Viver o nosso ser cristão com alegria e convicção como discípulos-missionários
de Jesus Cristo. Formar comunidades vivas que alimentem a fé e impulsionem a ação missionária. Valorizar as diversas
organizações eclesiais em espírito de comunhão. Promover um laicato amadurecido, corresponsável com a missão de anunciar
e fazer visível o Reino de Deus. Impulsionar a participação ativa da mulher na sociedade e na Igreja. Manter com renovado
esforço a nossa opção preferencial e evangélica pelos pobres. Acompanhar os jovens na sua formação e busca de identidade,
vocação e missão, renovando a nossa opção por eles. Trabalhar com todas as pessoas de boa vontade na construção do Reino.
Fortalecer com audácia a pastoral da família e da vida. Valorizar e respeitar nossos povos indígenas e afro-descendentes.
Avançar no diálogo ecuménico “para que todos sejam um”, como também no diálogo inter-religioso. Fazer
deste continente um modelo de reconciliação, de justiça e de paz. Cuidar da criação, casa de todos, em fidelidade ao projeto
de Deus. Colaborar na integração dos povos da América Latina e do Caribe. Que este Continente da esperança
seja também o Continente do amor, da vida e da paz! Aparecida – Brasil, 29 de maio de 2007.
Obs: * proselitismo = ato de converter uma
pessoa para outra religião
APARECIDA, quinta-feira, 24 de maio de 2007 - Em sua intervenção
na V Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, o bispo de Mazatlán, México, Dom Mario Espinosa Contreras, assinalou
algumas ações urgentes que devem ser levadas a cabo pela Igreja Católica para responder ao proselitismo, em certas ocasiões
beligerante, de outras associações religiosas.
Desde a metade do século passado -- apontou Dom Espinosa Contreras
--, a América Latina e o Caribe se viram afetadas pelo «proselitismo sectário, que cresce em diversificações como em adesões,
e como uma conseqüência disso constatamos que o índice dos católicos vai registrando uma progressiva diminuição».
Ante
este desafio, o prelado mexicano considerou que é urgente «continuar ampliando a presença da evangelização nos meios de Comunicação
Social, especialmente rádio, televisão, imprensa escrita e Internet».
Segundo Dom Espinosa Contreras, «os ministros
ordenados, religiosas e leigos agentes de pastoral, (devem esforçar-se) em viver mais decididamente o valioso meio evangelizador
(...) e estabelecer oportunas visitas às famílias com caráter pastoral, e fazer-se próximos dessas pessoas nas circunstâncias
de enfermidade, luto, sofrimento e dor» entre as famílias.
Mais adiante, o bispo de Mazatlán recordou que «alguns
irmãos separados são assíduos praticantes da visita domiciliar, enquanto nós quase não a realizamos».
O purpurado
mexicano se pronunciou por «propiciar a oração, seja pessoal ou comunitária, tendo a intenção de rogar ao Senhor pelo retorno
de quem um dia abandonou o seio da Igreja Católica».
«Parece-me -- disse Dom Espinosa Contreras -- que esta súplica
está pouco presente, seja na oração titânica da liturgia, como na vida instruída das comunidades religiosas e paroquiais.»
Ao finalizar sua exposição, o bispo de Mazatlán sublinhou que «a extensão que vão tendo outras associações religiosas
nos insta a consolidar a catequese e evangelização dos católicos, a estabelecer meios e formas para favorecer o regresso dos
irmãos que um dia se disseram católicos».
Padre agradece acolhida e hospitalidade do povo brasileiro APARECIDA, sábado, 12 de maio de 2007 - Durante
a oração do Rosário no início de noite deste sábado, Bento XVI agradeceu calorosamente o povo brasileiro por sua acolhida
e hospitalidade. «Desde que aqui cheguei fui recebido com muito carinho», disse o pontífice. «As várias manifestações
de apreço e saudações demonstram o quanto vós quereis bem, estimais e respeitais o Sucessor do Apóstolo Pedro». Bento
XVI confessou que o Papa João Paulo II já tinha se referido a ele diversas vezes sobre a «simpatia e espírito de acolhida
fraterna» dos brasileiros. «Ele tinha toda razão», acrescentou o pontífice. «Sinto-me muito feliz em estar aqui convosco,
em vosso meio. O Papa vos ama», disse o Santo Padre, que por onde passou nesses dias no Brasil foi recebido por uma multidão
de pessoas que se aglomeravam nas ruas ou faziam vigília em frente ao local de sua hospedagem.
Mensagem do Papa Bento XVI aos jovens do Brasil.
Queridos jovens! Queridos amigos e amigas!
«Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos
pobres [...] Depois, vem e segue-me» (Mt 19,21).
1. Desejei ardentemente encontrar-me convosco nesta minha primeira
viagem à América Latina. Vim para abrir a V Conferência do Episcopado Latino-americano que, por meu desejo, vai realizar-se
em Aparecida, aqui no Brasil, no Santuário de Nossa Senhora. Ela nos coloca aos pés de Jesus para aprendermos suas lições
sobre o Reino e impulsionar-nos a ser seus missionários, para que os povos deste 'Continente da Esperança' tenham, n'Ele,
vida plena.
Os vossos Bispos do Brasil, na sua Assembléia Geral do ano passado, refletiram sobre o tema da evangelização
da juventude e colocaram em vossas mãos um documento. Pediram que fosse acolhido e aperfeiçoado por vós durante todo o ano.
Nesta última Assembléia retomaram o assunto, enriquecido com vossa colaboração, e desejam que as reflexões feitas e as orientações
propostas sirvam como incentivo e farol para vossa caminhada. As palavras do Arcebispo de São Paulo e do encarregado da Pastoral
da Juventude, as quais agradeço, bem atestam o espírito que move a todos vocês.
Ontem pela tarde, ao sobrevoar o território
brasileiro, pensava já neste nosso encontro no Estádio do Pacaembu, com o desejo de dar um grande abraço bem brasileiro a
todos vós, e manifestar os sentimentos que levo no íntimo do coração e que, bem a propósito, o Evangelho de hoje nos quis
indicar.
Sempre experimentei uma alegria muito especial nestes encontros. Lembro-me particularmente da Vigésima Jornada
Mundial da Juventude, que tive a ocasião de presidir há dois anos atrás na Alemanha. Alguns dos que estão aqui também lá estiveram!
É uma lembrança comovedora, pelos abundantes frutos da graça enviados pelo Senhor. E não resta a menor dúvida que o primeiro
fruto, dentre muitos, que pude constatar foi o da fraternidade exemplar havida entre todos, como demonstração evidente da
perene vitalidade da Igreja por todo o mundo.
2. Pois bem, caros amigos, estou certo de que hoje se renovam as mesmas
impressões daquele meu encontro na Alemanha. Em 1991, o Servo de Deus o Papa João Paulo II, de venerada memória, dizia, na
sua passagem pelo Mato Grosso, que os 'jovens são os primeiros protagonistas do terceiro milênio [...] são vocês que vão traçar
os rumos desta nova etapa da humanidade' (Discurso 16/10/1991). Hoje, sinto-me movido a fazer-lhes idêntica observação.
O
Senhor aprecia, sem dúvida, vossa vivência cristã nas numerosas comunidades paroquiais e nas pequenas comunidades eclesiais,
nas Universidades, Colégios e Escolas e, especialmente, nas ruas e nos ambientes de trabalho das cidades e dos campos. Trata-se,
porém, de ir adiante. Nunca podemos dizer basta, pois a caridade de Deus é infinita e o Senhor nos pede, ou melhor, nos exige
dilatar nossos corações para que neles caiba sempre mais amor, mais bondade, mais compreensão pelos nossos semelhantes e pelos
problemas que envolvem não só a convivência humana, mas também a efetiva preservação e conservação da natureza, da qual todos
fazem parte. 'Nossos bosques têm mais vida': não deixeis que se apague esta chama de esperança que o vosso Hino Nacional põe
em vossos lábios. A devastação ambiental da Amazônia e as ameaças à dignidade humana de suas populações requerem um maior
compromisso nos mais diversos espaços de ação que a sociedade vem solicitando.
3. Hoje quero convosco refletir sobre
o texto de São Mateus (19, 16-22), que acabamos de ouvir. Fala de um jovem. Ele veio correndo ao encontro de Jesus. Merece
destaque a sua ânsia. Neste jovem vejo a todos vós, jovens do Brasil e da América Latina. Viestes correndo de diversas regiões
deste Continente para nosso encontro. Quereis ouvir, pela voz do Papa, as palavras do próprio Jesus.
Tendes uma pergunta
crucial, referida no Evangelho, a Lhe fazer. É a mesma do jovem que veio correndo ao encontro com Jesus: o que fazer para
alcançar a vida eterna? Gostaria de aprofundar convosco esta pergunta. Trata-se da vida. A vida que, em vós, é exuberante
e bela. O que fazer dela? Como vivê-la plenamente?
Logo entendemos, na formulação da própria pergunta, que não basta
o aqui e agora, ou seja, nós não conseguimos delimitar nossa vida ao espaço e ao tempo, por mais que pretendamos estender
seus horizontes. A vida os transcende. Em outras palavras, queremos viver e não morrer. Sentimos que algo nos revela que a
vida é eterna e que é necessário empenhar-se para que isto aconteça. Em outras palavras, ela está em nossas mãos e depende,
de algum modo, da nossa decisão.
A pergunta do Evangelho não contempla apenas o futuro. Não trata apenas de uma questão
sobre o que acontecerá após a morte. Há, ao contrário, um compromisso com o presente, aqui e agora, que deve garantir autenticidade
e conseqüentemente o futuro. Numa palavra, a pergunta questiona o sentido da vida. Pode por isso ser formulada assim: que
devo fazer para que minha vida tenha sentido? Ou seja: como devo viver para colher plenamente os frutos da vida? Ou ainda:
que devo fazer para que minha vida não transcorra inutilmente?
Jesus é o único capaz de nos dar uma resposta, porque
é o único que nos pode garantir vida eterna. Por isso também é o único que consegue mostrar o sentido da vida presente e dar-lhe
um conteúdo de plenitude.
4. Antes, porém, de dar sua resposta, Jesus questiona a pergunta do jovem num aspecto muito
importante: por que me chamas de bom? Nesta pergunta se encontra a chave da resposta. Aquele jovem percebeu que Jesus é bom
e que é mestre. Um mestre que não engana. Nós estamos aqui porque temos esta mesma convicção: Jesus é bom. Podemos não saber
dar toda a razão desta percepção, mas é certo que ela nos aproxima dele e nos abre ao seu ensinamento: um mestre bom. Quem
reconhece o bem é sinal que ama. E quem ama, na feliz expressão de São João, conhece Deus (cf.1Jo 4,7). O jovem do Evangelho
teve uma percepção de Deus em Jesus Cristo.
Jesus nos garante que só Deus é bom. Estar aberto à bondade significa
acolher Deus. Assim Ele nos convida a ver Deus em todas as coisas e em todos os acontecimentos, mesmo lá onde a maioria só
vê a ausência de Deus. Vendo a beleza das criaturas e constatando a bondade presente em todas elas, é impossível não crer
em Deus e não fazer uma experiência de sua presença salvífica e consoladora. Se nós conseguíssemos ver todo o bem que existe
no mundo e, ainda mais, experimentar o bem que provém do próprio Deus, não cessaríamos jamais de nos aproximar dele, de O
louvar e Lhe agradecer. Ele continuamente nos enche de alegria e de bens. Sua alegria é nossa força.
Mas nós não conhecemos
senão de forma parcial. Para perceber o bem necessitamos de auxílios, que a Igreja nos proporciona em muitas oportunidades,
principalmente pela catequese. Jesus mesmo explicita o que é bom para nós, dando-nos sua primeira catequese. «Se queres entrar
na vida, observa os mandamentos» (Mt 19,17). Ele parte do conhecimento que o jovem já obteve certamente de sua família e da
Sinagoga: de fato, ele conhece os mandamentos. Eles conduzem à vida, o que equivale a dizer que eles nos garantem autenticidade.
São as grandes balizas a nos apontarem o caminho certo. Quem observa os mandamentos está no caminho de Deus.
Não basta
conhecê-los. O testemunho vale mais que a ciência, ou seja, é a própria ciência aplicada. Não são impostos de fora, nem diminuem
nossa liberdade. Pelo contrário: constituem impulsos internos vigorosos, que nos levam a agir nesta direção. Na sua base está
a graça e a natureza, que não nos deixam parados. Precisamos caminhar. Somos impelidos a fazer algo para nos realizarmos a
nós mesmos. Realizar-se, através da ação, na verdade, é tornar-se real. Nós somos, em grande parte, a partir de nossa juventude,
o que nós queremos ser. Somos, por assim dizer, obra de nossas mãos.
5. Nesta altura volto-me, de novo, para vós,
jovens, querendo ouvir também de vós a resposta do jovem do Evangelho: tudo isto tenho observado desde a minha juventude.
O jovem do Evangelho era bom. Observava os mandamentos. Estava pois no caminho de Deus. Por isso Jesus fitou-o com amor. Ao
reconhecer que Jesus era bom, testemunhou que também ele era bom. Tinha uma experiência da bondade e por isso, de Deus. E
vós, jovens do Brasil e da América Latina? Já descobristes o que é bom? Seguis os mandamentos do Senhor? Descobristes que
este é o verdadeiro e único caminho para a felicidade?
Os anos que vós estais vivendo são os anos que preparam o vosso
futuro. O 'amanhã' depende muito de como estais vivendo o 'hoje' da juventude. Diante dos olhos, meus queridos jovens, tendes
uma vida que desejamos seja longa; mas é uma só, é única: não a deixeis passar em vão, não a desperdiceis. Vivei com entusiasmo,
com alegria, mas, sobretudo, com senso de responsabilidade.
Muitas vezes sentimos trepidar nossos corações de pastores,
constatando a situação de nosso tempo. Ouvimos falar dos medos da juventude de hoje. Revelam-nos um enorme déficit de esperança:
medo de morrer, num momento em que a vida está desabrochando e procura encontrar o próprio caminho da realização; medo de
sobrar, por não descobrir o sentido da vida; e medo de ficar desconectado diante da estonteante rapidez dos acontecimentos
e das comunicações. Registramos o alto índice de mortes entre os jovens, a ameaça da violência, a deplorável proliferação
das drogas que sacode até a raiz mais profunda a juventude de hoje. Fala-se por isso, seguidamente, de uma juventude perdida.
Mas olhando para vós, jovens aqui presentes, que irradiais alegria e entusiasmo, assumo o olhar de Jesus: um olhar
de amor e confiança, na certeza de que vós encontrastes o verdadeiro caminho. Sois jovens da Igreja. Por isso Eu vos envio
para a grande missão de evangelizar os jovens e as jovens, que andam por este mundo errantes, como ovelhas sem pastor. Sede
os apóstolos dos jovens. Convidai-os para que venham convosco, façam a mesma experiência de fé, de esperança e de amor; encontrem-se
com Jesus, para se sentirem realmente amados, acolhidos, com plena possibilidade de realizar-se. Que também eles e elas descubram
os caminhos seguros dos Mandamentos e por eles cheguem até Deus.
Podeis ser protagonistas de uma sociedade nova se
procurais pôr em prática uma vivência real inspirada nos valores morais universais, mas também um empenho pessoal de formação
humana e espiritual de vital importância. Um homem ou uma mulher despreparados para os desafios reais de uma correta interpretação
da vida cristã do seu meio ambiente será presa fácil a todos os assaltos do materialismo e do laicismo, sempre mais atuantes
em todos os níveis.
Sede homens e mulheres livres e responsáveis; fazei da família um foco irradiador de paz e de
alegria; sede promotores da vida, do início ao seu natural declínio; amparai os anciãos, pois eles merecem respeito e admiração
pelo bem que vos fizeram. O Papa também espera que os jovens procurem santificar seu trabalho, fazendo-o com competência técnica
e com laboriosidade, para contribuir ao progresso de todos os seus irmãos e para iluminar com a luz do Verbo todas as atividades
humanas (cf. Lumen Gentium, n. 36). Mas, sobretudo, o Papa espera que saibam ser protagonistas de uma sociedade mais justa
e mais fraterna, cumprindo as obrigações frente ao Estado: respeitando as suas leis; não se deixando levar pelo ódio e pela
violência; sendo exemplo de conduta cristã no ambiente profissional e social, distinguindo-se pela honestidade nas relações
sociais e profissionais. Tenham em conta que a ambição desmedida de riqueza e de poder leva à corrupção pessoal e alheia;
não existem motivos para fazer prevalecer as próprias aspirações humanas, sejam elas econômicas ou políticas, com a fraude
e o engano.
Definitivamente, existe um imenso panorama de ação no qual as questões de ordem social, econômica e política
ganham um particular relevo, sempre que haurirem sua fonte de inspiração no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja. A construção
de uma sociedade mais justa e solidária, reconciliada e pacífica; a contenção da violência e as iniciativas que promovam a
vida plena, a ordem democrática e o bem comum e, especialmente, aquelas que visem eliminar certas discriminações existentes
nas sociedades latino-americanas e não são motivo de exclusão, mas de recíproco enriquecimento.
Tende, sobretudo,
um grande respeito pela instituição do Sacramento do Matrimônio. Não poderá haver verdadeira felicidade nos lares se, ao mesmo
tempo, não houver fidelidade entre os esposos. O matrimônio é uma instituição de direito natural, que foi elevado por Cristo
à dignidade de Sacramento; é um grande dom que Deus fez à humanidade. Respeitai-o, venerai-o. Ao mesmo tempo, Deus vos chama
a respeitar-vos também no namoro e no noivado, pois a vida conjugal que, por disposição divina, está destinada aos casados
é somente fonte de felicidade e de paz na medida em que souberdes fazer da castidade, dentro e fora do matrimônio, um baluarte
das vossas esperanças futuras. Repito aqui para todos vós que «o eros quer nos conduzir para além de nós próprios, para Deus,
mas por isso mesmo requer um caminho de ascese, renúncias, purificações e saneamentos» (Carta encl. Deus caritas est, (25/12/2005),
n. 5). Em poucas palavras, requer espírito de sacrifício e de renúncia por um bem maior, que é precisamente o amor de Deus
sobre todas as coisas. Procurai resistir com fortaleza às insídias do mal existente em muitos ambientes, que vos leva a uma
vida dissoluta, paradoxalmente vazia, ao fazer perder o bem precioso da vossa liberdade e da vossa verdadeira felicidade.
O amor verdadeiro 'procurará sempre mais a felicidade do outro, preocupar-se-á cada vez mais dele, doar-se-á e desejará existir
para o outro' (Ib. n. 7) e, por isso, será sempre mais fiel, indissolúvel e fecundo.
Para isso, contais com a ajuda
de Jesus Cristo que, com a sua graça, fará isto possível (cf. Mt 19,26). A vida de fé e de oração vos conduzirá pelos caminhos
da intimidade com Deus, e de compreensão da grandeza dos planos que Ele tem para cada um. 'Por amor do reino dos céus' (ib.,
12), alguns são chamados a uma entrega total e definitiva, para consagrar-se a Deus na vida religiosa, 'exímio dom da graça',
como foi definido pelo Concílio Vaticano II (Decr. Perfectae caritatis, n.12). Os consagrados que se entregam totalmente a
Deus, sob a moção do Espírito Santo, participam na missão de Igreja, testemunhando a esperança no Reino celeste entre todos
os homens. Por isso, abençôo e invoco a proteção divina a todos os religiosos que dentro da seara do Senhor se dedicam a Cristo
e aos irmãos. As pessoas consagradas merecem, verdadeiramente, a gratidão da comunidade eclesial: monges e monjas, contemplativos
e contemplativas, religiosos e religiosas dedicados às obras de apostolado, membros de institutos seculares e das sociedades
de vida apostólica, eremitas e virgens consagradas. 'A sua existência dá testemunho do amor a Cristo quando eles se encaminham
pelo seu seguimento, tal como este se propõe no Evangelho e, com íntima alegria, assumem o mesmo estilo de vida que Ele escolheu
para Si' (Congr. para os Inst. de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica: Instr. Partir de Cristo, n. 5). Faço
votos de que, neste momento de graça e de profunda comunhão em Cristo, o Espírito Santo desperte no coração de tantos jovens
um amor apaixonado no seguimento e imitação de Jesus Cristo casto, pobre e obediente, voltado completamente à glória do Pai
e ao amor dos irmãos e irmãs.
6. O Evangelho nos assegura que aquele jovem, que veio correndo ao encontro de Jesus,
era muito rico. Entendemos esta riqueza não apenas no plano material. A própria juventude é uma riqueza singular. É preciso
descobri-la e valorizá-la. Jesus lhe deu tal valor que convidou esse jovem para participar de sua missão de salvação. Tinha
todas as condições para uma grande realização e uma grande obra.
Mas o Evangelho nos refere que esse jovem se entristeceu
com o convite. Foi embora abatido e triste. Este episódio nos faz refletir mais uma vez sobre a riqueza da juventude. Não
se trata, em primeiro lugar, de bens materiais, mas da própria vida, com os valores inerentes à juventude. Provém de uma dupla
herança: a vida, transmitida de geração em geração, em cuja origem primeira está Deus, cheio de sabedoria e de amor; e a educação
que nos insere na cultura, a tal ponto que, em certo sentido, podemos dizer que somos mais filhos da cultura e por isso da
fé, do que da natureza. Da vida brota a liberdade que, sobretudo nesta fase se manifesta como responsabilidade. E o grande
momento da decisão, numa dupla opção: uma quanto ao estado de vida e outra quanto à profissão. Responde à questão: que fazer
com a vida?
Em outras palavras, a juventude se afigura como uma riqueza porque leva à descoberta da vida como um dom
e como uma tarefa. O jovem do Evangelho percebeu a riqueza de sua juventude. Foi até Jesus, o Bom Mestre, para buscar uma
orientação. Mas na hora da grande opção não teve coragem de apostar tudo em Jesus Cristo. Conseqüentemente saiu dali triste
e abatido. É o que acontece todas as vezes que nossas decisões fraquejam e se tornam mesquinhas e interesseiras. Sentiu que
faltou generosidade, o que não lhe permitiu uma realização plena. Fechou-se sobre sua riqueza, tornando-a egoísta.
Jesus
ressentiu-se com a tristeza e a mesquinhez do jovem que o viera procurar. Os Apóstolos, como todos e todas vós hoje, preenchem
esta lacuna deixada por aquele jovem que se retirou triste e abatido. Eles e nós estamos alegres porque sabemos em quem acreditamos
(2 Tim 1,12). Sabemos e testemunhamos com nossa própria vida que só Ele tem palavras de vida eterna (Jo 6,68). Por isso, com
São Paulo, podemos exclamar: alegrai-vos sempre no Senhor (Fil 4,4).
7. Meu apelo de hoje, a vós jovens, que viestes
a este encontro, é que não desperdiceis vossa juventude. Não tenteis fugir dela. Vivei-a intensamente. Consagrai-a aos elevados
ideais da fé e da solidariedade humana.
Vós, jovens, não sois apenas o futuro da Igreja e da humanidade, como uma
espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade. Sois seu rosto jovem. A
Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, que se desenha na comunidade cristã.
Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada.
[Em espanhol:] Queridos jovens, dentro de pouco
inaugurarei a V Conferência do Episcopado Latino-Americano. Peço-vos que acompanheis com atenção seus trabalhos; que participeis
de seus debates; que rezeis pelos seus frutos. Como aconteceu com as Conferências anteriores, também esta marcará de forma
significativa os próximos dez anos de Evangelização na América Latina e no Caribe. Ninguém deve ficar à margem ou permanecer
indiferente ante este esforço da Igreja, e muito menos os jovens. Vós, com todo direito, fazeis parte da Igreja, que representa
o rosto de Jesus Cristo para a América Latina e para o Caribe.
[Em Francês:] Saúdo aos de língua francesa
que vivem no Continente latino-americano, convidando-lhes a ser testemunhos do Evangelho e agentes da vida eclesial. Uno-me
particularmente a vós, os jovens, sois chamados a construir vossa vida sobre Cristo e sobre os valores humanos fundamentais.
Que todos vos sintais convidados a colaborar na edificação de um mundo de justiça e paz.
[Em inglês:] Queridos
amigos jovens, como o jovem no Evangelho, que perguntou a Jesus «o que devo fazer para ter a vida eterna?», todos vocês estão
buscando modos de responder generosamente ao chamado de Deus. E peço que vocês possam ouvir sua palavra de salvação e tornem-se
sias testemunhas para os povos de hoje. Que Deus derrame sobre vós suas bênçãos de paz e alegria
[Novamente em
português] Queridos jovens, Cristo vos chama a serem santos. Ele mesmo vos convoca e quer andar convosco, para animar
com Seu espírito os passos do Brasil neste início do terceiro milênio da era cristã. Peço à Senhora Aparecida que vos conduza,
com seu auxílio materno e vos acompanhe ao longo da vida.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
De monge budista a sacerdote católico: Testemunho de conversão de Pe. Ranatunga É
o primeiro sacerdote camiliano do Sri Lanka
ROMA/COLOMBO, quarta-feira, 2 de maio de 2007. Atraído pela «beleza do
perdão, pela alegria de servir os outros» e pela salvação de Jesus Ressuscitado, Nihal Ranatunga empreendeu o caminho ao cristianismo.
Ordenado sacerdote há poucos anos, é o primeiro religioso da Ordem de São Camilo originário do Sri Lanka.
O Pontifício Instituto de Missões Exteriores (PIME), através de sua agência «AsiaNews.it», difundiu o testemunho da conversão
deste religioso camiliano, que inicialmente estudava para ser monge budista. «O sofrimento não me faltou nunca, mas em
certo momento, sem que eu saiba ainda como nem por que, encontrei a alegria e a riqueza da fé e do sacerdócio», admite o Pe.
Ranatunga, de 45 anos. Nasceu perto da capital do Sri Lanka - Colombo --, em Rágama. Sua origem é cingalesa. Nihal era
seu nome antes do batismo. Quinto de seis irmãos, cresceu em uma família budista e muito pobre; seu pai faleceu cedo. Desde
a adolescência, Nihal sentiu o desejo de tornar-se monge no âmbito de seu credo. «Após a morte de meu pai -- recorda -- minha
família já não podia sustentar todos nós e me levaram ao povoado de Ekala, a uma família católica que me acolheu para serviços
domésticos». «Em Ekala comecei a buscar o Senhor; ia escondido à paróquia local, dedicada a São Maximiliano [Kolbe]; simplesmente
tinha curiosidade, sentia-me bem quando estava entre aqueles muros; e depois de algum tempo me encontrei, com estupor, rezando
a Nossa Senhora», admite. O sacerdote reconhece que fala de «estupor» porque, quando ainda estudava para ser monge budista,
experimentava «total aversão ao cristianismo». Pouco a pouco, Nihal começou a fazer amigos, a ir à missa; mas tinha muitas
dúvidas: «não entendia quem era esse Deus dos cristãos, mas segui indo à Igreja sem me fazer muitas perguntas». «Não sei
dizer com exatidão o que me levou ao cristianismo desde o budismo -- prossegue; de alguma maneira me sinto escolhido: instintivamente
comecei a orar, e a fé, como o amor, nasce também sem explicação.» «Do cristianismo me atraía a beleza do perdão, a alegria
de servir os outros. No budismo a pessoa busca só a própria salvação e não tem garantias de obtê-la, enquanto que para nós,
os cristãos, a salvação é Jesus ressuscitado -- aponta. Nos momentos de dor isso te ajuda a ter força.» Depois de cinco
anos voltou a seu lar, a Rágama; após seis meses de catequese, pediu o batismo. Desde esse momento o caminho ao sacerdócio
se tornou mais difícil. A vocação foi imediata, mas problemas de saúde e encontros equivocados foram obstáculo no caminho
do jovem cingalês. Perseverando em seu chamado, chegou à Itália em 1992. Em São Giovanni Rotondo conheceu as religiosas
e sacerdotes da Ordem de São Camilo, «atraído pela cruz vermelha que carregam, pelo símbolo da completa dedicação à assistência
dos enfermos». Dois anos depois, ingressou no seminário; a seguir, perdeu um olho em um acidente. «Assim mesmo, segui
estudando oito anos, até que fui ordenado sacerdote em julho de 2004, uma satisfação enorme», sublinha o Pe. Maximiliano,
nome que Nihal havia tomado em seu batismo, dado que sua conversão se havia iniciado em uma paróquia dedicada ao santo mártir
de Auschwitz. Sua lembrança mais bela é a celebração da primeira missa no Sri Lanka, na paróquia de São Judas Tadeu. Foi
toda sua família, inclusive seu irmão maior, que havia sido o mais contrário à sua conversão. Igualmente esteve presente no
rito o monge do templo local, em um clima de festa e de harmonia. Atualmente, o Pe. Maximiliano N. Ranatunga é um dos
seis capelães do hospital de São Camilo em Roma (Itália) e atende pastoralmente também a comunidade de compatriotas presentes
na Cidade Eterna. Seu sonho: «que os camilianos abram sua primeira casa no Sri Lanka». A população da ilha do subcontinente
indiano é de quase 20 milhões de habitantes: 70% é budista, 15% hinduísta, 8% cristão e 7% muçulmano. Está formada por cingaleses
-- de maioria budista -- e pela minoria tâmil -- hinduísta. Originário de Bucchianico (Chieti, Itália), São Camilo de
Lelis (1550-1614) é patrono de enfermos e hospitais. Chegou a servir os enfermos com o mesmo afeto com o qual uma mãe serve
seu único filho enfermo. A Ordem que fundou -- os religiosos camilianos -- atualmente está presente em 35 países dos cinco
continentes; seu trabalho é especialmente significativo no Terceiro Mundo. Os religiosos camilianos são mais de 1.100
em 156 comunidades; administram 180 obras assistenciais e formativas: hospitais, residências, clínicas, centros de reabilitação
psicofísica, casas de acolhida, universidades e centros de formação profissional, de humanização e de escuta.
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Paradoxo atual, segundo Papa: superabundância de bens e carência de sentidoCIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 26 de outubro de 2006 - As sociedades da superabundância de bens, particularmente
no Ocidente, carecem paradoxalmente do mais necessário para viver: o sentido da vida, constata Bento XVI. Deste modo,
o consumismo e o subjetivismo moral, opina o Papa, estão pondo em perigo o próprio respeito pela vida humana. Assim
se expôs no discurso que entregou nesta quinta-feira ao novo embaixador da Bélgica ante a Santa Sé, Frank De Coninck (1945),
durante a cerimônia de apresentação de suas cartas credenciais. «Os imensos progressos da tecnologia alteraram muitas
práticas no campo das ciências médicas, enquanto a libertação dos costumes relativizou consideravelmente as normas que pareciam
intangíveis.» «Nas sociedades ocidentais, caracterizadas cada vez mais pela superabundância de bens de consumo e pelo
subjetivismo, o homem enfrenta uma crise de sentido.» «Em um certo número de países -- seguiu constatando -- vemos
como surgem legislações novas que põem em dúvida o respeito à vida humana desde sua concepção até seu ocaso natural, com o
risco de utilizá-la como um objeto de pesquisa e de experimentação, atentando assim gravemente contra a dignidade fundamental
do ser humano.» Neste contexto, assegura o pontífice, a Igreja «pretende recordar com força sua fé sobre o homem e
seu prodigioso destino, dando a cada um a chave de leitura da existência e as razões para ter esperança». Neste sentido,
o pontífice aplaudiu a organização do grande congresso internacional de nova evangelização, «Bruxelas - Todos os Santos 2006»,
que se celebrará de 28 de outubro a 5 de novembro na capital belga por iniciativa de seu arcebispo, o cardeal Godfried Danneels.
Trata-se de uma iniciativa que aconteceu nos anos precedentes em Viena, Paris, Lisboa e que no próximo ano se celebrará
em Budapeste. Os organizadores esperam envolver cerca de cem mil pessoas da cidade na qual se encontram boa parte
das sedes das instituições européias. Aproximadamente 1.500 «missionários» da França, Portugal, Holanda, Áustria, Alemanha
e Hungria participarão na iniciativa, hospedados por famílias bruxelenses. Cerca de 75 movimentos cristãos, além das
paróquias, participam do acontecimento que oferece 600 projetos e atividades de cinema, teatro, música, oração e liturgia,
com o lema: «Propondo o Evangelho».
FOFOCA DE VOCÊ
"ME DESCULPE, SEI QUE VC
É UMA PESSOA MUITO ESPECIAL,
MAS FOFOQUEI DE VC HOJE...
É ... FOI ATÉ DE PROPÓSITO! ! !
EU ESTAVA FALANDO COM DEUS
QUANDO RESOLVI FALAR DE VOCÊ.
EU PEDI A ELE QUE TE COBRISSE DE PROTEÇÃO
E TE FIZESSE MUITO FELIZ.
ELE DISSE PARA EU NÃO ME PREOCUPAR,
E AINDA PEDIU QUE EU DISSESSE À VOCÊ
QUE ELE TE AMA MUITO E VAI FAZER O POSSÍVEL,
E PRINCIPALMENTE O IMPOSSÍVEL,
PARA NUNCA TE VER TRISTE.
PEDIU AINDA PRA DIZER QUE ELE SABE QUE ÀS VEZES
VC IRÁ PENSAR QUE ELE NÃO ESTÁ DO SEU LADO,
OU QUE VC IRÁ QUESTIONAR O PORQUE DE MUITAS COISAS
TEREM ACONTECIDO, OU NÃO TEREM ACONTECIDO EM SUA VIDA.
MAS QUE UM DIA VOCÊ IRÁ OLHAR PRA TRÁS E DIZER:
PUXA, COMO DEUS FAZ AS COISAS CERTAS,
HOJE EU VEJO QUE TUDO É NA HORA CERTA
E QUE ELE NÃO FALHA ..."
O AMOR, SENTIMENTO UNIVERSAL
Na vida o mais importante é nos unir, ser amigos uns dos outros e procurar
viver como irmãos. O que mais importa é a aproximação que fazemos uns com os outros, tecendo um elo de amor, de fraternidade,
aprendendo que na vida o que realmente vale a pena é o momento presente. Portanto, é necessário que o vivamos bem. Que procuremos
valorizar cada minuto, dando graças a Deus, pela vida, pelos pais, pelos amigos, enfim, por tudo que nos rodeia.
Vou relatar-lhes uma pequena história que me tocou profundamente no meu tempo de estudante. Naquele tempo,
em minha cidade não havia escola de quinta a oitava séries e nem segundo grau, por isto fui obrigada a morar em outra cidade,
longe de meus pais, em casas de família, onde meu pai pagava pensão, a fim de que eu pudesse estudar. Ali, naquela cidade
estranha, eu, menina ainda, tive muitas dificuldades, muitos problemas, muitas tristezas, muita solidão, mas o que mais me
marcou naquela época foi um fato que guardo como lição para a minha vida, a qual repasso para outros, a fim de que cada um
possa tirar desta mensagem algum proveito para sua vida. Eu tinha uma colega muito rica que vivia como uma princesa. Tudo
lhe era permitido. Tudo lhe era oferecido. Seus pais não mediam sacrifícios para satisfazer-lhe todas as vontades e de seus
irmãos.
Um dia porém, sua mãe ficou doente. Naquele tempo, quase não se falava em câncer e ninguém sabia o que ela
realmente tinha. O marido a levou para centros maiores. Ótimos médicos a medicaram. Ela ficou nos melhores hospitais da época,
mas nada, a doença não cedia. Um dia o médico que a acompanhava chamou o marido e disse-lhe que podia voltar pra casa, pois
só mesmo um milagre para ela se curar. O homem, sem saber mais a quem recorrer, volta e conta aos filhos que a mãe estava
desenganada e que era preciso rezar bastante, pois o caso era mesmo difícil. Todos ficaram consternados, choraram muito, não
sabiam o que fazer e pediam a todos que rezassem. A mulher, no entanto, estava tranqüila, sem tristeza, sem preocupação e
parecia aguardar a sua hora em paz. Todos que a visitavam ficavam impressionados com a paciência, com a doçura daquela mulher
que definhava pouco a pouco. Um dia ela chamou todos os filhos e lhes disse: _Meus filhos, venham aqui, fiquem mais perto.
Olhem para as minhas mãos. Vejam! O que tenho em minhas mãos? Os filhos responderam: _Nada, mamãe! Ela então com um sorriso
meigo disse-lhes: _Pois bem, meus filhos! Vocês estão vendo. Eu estou indo embora. A minha hora está chegando. Não precisam
ficar tristes, nem chorar. Eu estou em paz. Olhem, vocês disseram certo. Eu não tenho nada em minhas mãos. Eu não levo nada.
Mas quando eu me for, as minhas boas obras irão comigo. Estas, sim, Jesus verá. Elas são invisíveis a nós, aos outros, mas
para Deus o que vale é o que fazemos de bom, o que fazemos de bem ao próximo, é o nosso caráter, é a nossa alma limpa, é uma
vida correta. E isto, meus filhos, eu sei que levo para o Senhor e quero que vocês também vivam de maneira tal, que um dia,
quando chegar a hora de vocês, possam estar tranqüilos, levando mãos cheias de boas ações, que serão reconhecidas por Deus.
Isto me marcou profundamente, pois na vida, o que importa é viver com sabedoria, entendendo o que é certo
e o que é errado. Amando o nosso irmão. Aprendendo a fazer ao outro, o que queremos que façam a nós. É preciso cada um saber
que amor não se compra em lojas, em supermercados. Amor é uma bênção, uma dádiva gratuita, que cada um oferece ao outro de
coração. Hoje em dia, com esta violência, com estes problemas que a todo dia, a toda hora percebemos, muitas vezes queremos
fazer maldades, queremos levar vantagem, queremos usar aquela máxima: " Olho por olho, dente por dente". No entanto, isto
é uma coisa muito boba. Devemos nos espelhar em Jesus, que morreu na cruz para nos salvar, que nunca desprezou o pobre, que
nunca fez maldade a ninguém e mesmo desprezado, pisoteado, chicoteado, ainda soube perdoar, soube dar a outra face. Devemos
pagar tudo com amor, com grandeza de alma, com a alma transparente, compreendendo que a vida é passageira e ninguém sabe o
dia nem a hora. Ninguém sabe se vai tarde ou cedo, portanto o melhor é aprender a respeitar as pessoas, amar as pessoas, valorizar
os pais, os mestres, os amigos e sempre se colocar no lugar dos outros para ver se gostaria de que aquilo que estou fazendo
eu gostaria que alguém fizesse comigo.
Nós não podemos nos esquecer de quanto o Senhor nos ama, nos conhece e mesmo antes de nascer já nos amava
e conhecia. Na própria Bíblia, em Jeremias, capítulo 1, versículos de 4 a 6 diz: "Foi-me dirigida nestes termos a palavra
do Senhor: Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia
feito profeta das nações". Daí entendemos que Jesus muito antes de nosso nascimento já nos amava, pois só se ama aquele que
se conhece.
É preciso então cada um de nós aprender a respeitar o seu próximo como a si mesmo e não querer levar vantagem,
passando por cima do direito dos outros. É bom estar ciente de que Deus vê tudo e Dele não escondemos nada.
Vou narrar-lhes uma experiência: Uma professora teve a idéia de plantar 3 vasos de feijão, de (3) maneiras
diferentes. No primeiro vaso, levou os alunos a plantarem e regarem algumas vezes, sem muito compromisso. No segundo vaso,
eles plantaram e regaram todos os dias, mas sem muita observação. No terceiro vaso, plantaram e regaram todos os dias, conversando
com a plantinha, regando com cuidado, com carinho, com amor e no final do tempo observado, levaram para a sala de aula, para
fazerem a avaliação. O que aconteceu? No primeiro vaso, a planta cresceu um pouco, mas sem muito vigor, meio amarelada. No
segundo vaso, cresceu mais um pouquinho, mas também sem viço, sem folhas bonitas, sem força. No terceiro vaso, a plantinha
cresceu tanto, ficou tão linda e verde, que de longe se via a diferença. Aí, observamos como até as plantas sentem a diferença
no tratamento, pois as que são plantadas e regadas com amor, se desenvolvem muito mais, porém aquelas que plantamos e não
cuidamos adequadamente, não se desenvolvem como deveria. Assim, somos nós, se somos amados, se somos vistos como seres humanos,
que possuem dons, carismas, nos desenvolvemos melhor, sobressaímos mais. Todos necessitam de amor, de zelo. Portanto, mais
uma vez reforço, O AMOR É A BASE DA VIDA. Não um amor interesseiro, mas um amor que visa o bem do outro, o crescimento do
outro, que se realiza no outro, quando vê o seu sucesso. A vida, meus caros, nos dá de volta tudo que um dia fizemos a ela.
Se a gente jogar uma bola na parede, ela não fica parada no ar, ela volta ao chão ou às nossas mãos. Assim, palavras ditas
com amor, são devolvidas a nós, com amor. Um desejo bom a alguém, retorna a nós também. Então, se a gente faz um mal a outro,
mais cedo ou mais tarde ele vem para nós, é a lei do retorno. Talvez, hoje vocês que estão lendo esta crônica, são jovens,
são bonitos, são saudáveis, mas todos querem viver muito, querem ter uma longa existência. É hora então de lembrar que para
ter uma vida cheia de recompensas temos de ter propósitos de boas atitudes, de carinho para com os pais, amigos, familiares,
professores, enfim, ter um coração pronto a oferecer tudo de melhor que ele possui.
Façam ao outro o que gostariam que fizessem a vocês, pois tudo que desejamos vem em dobro. As palavras têm
força e o próprio Cristo nos ensinou que só se constrói alguma coisa boa, quando fazemos o bem, pois tudo é passageiro e temos
que fazer a cada dia um pouco de atitudes positivas que serão pequenos tijolos que nos ajudarão a construir a nossa morada
no PARAÍSO.
Marlene Bomtempo
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Jesus ensina que «vínculo matrimonial é um projeto de vida», diz arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo comenta passagem do Evangelho de São Marcos
BELO HORIZONTE, segunda-feira, 9 de
outubro de 2006 - De acordo com um arcebispo, «Jesus sinaliza aos discípulos e discípulas que o vínculo matrimonial é um projeto
de vida, uma construção».
Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (Estado de Minas Gerais, sudeste
do Brasil), enfatiza que «o matrimônio não é simplesmente um usufruto qualquer de momentos e de convivências prazerosas».
No contexto da leitura do Evangelho desse domingo, extraída do capítulo 10 de São Marcos, o arcebispo reflete sobre
o posicionamento de Jesus frente aos fariseus que, para colocá-lo à prova, perguntaram-lhe se era permitido ao marido divorciar-se
de sua mulher.
«A pergunta dos fariseus a Jesus é um retrato das estreitezas do coração humano que precisa da vontade
de Deus como confronto e instrumento de alargamento do seu território», explica o arcebispo.
Segundo Dom Walmor Azevedo,
apesar da intenção espúria dos interlocutores de Jesus, «o Mestre aceita dialogar», «para poder assim tocar o mais fundo do
coração humano».
«Não tocar as raízes do coração é permitir ficar nas garras de interesses pouco nobres e de presidir
a vida pelos parâmetros dos instintos, quase sempre estreitados por gostos e comodidades egoístas», afirma.
O arcebispo
explica que, «ao perguntar ‘o que Moisés vos ordenou’, Jesus não abre um seu confronto com a figura profética
de Moisés. Ele é o novo Moisés para conduzir o povo às condições da verdadeira liberdade e da autêntica justiça».
«Jesus
sublinha e focaliza a norma como garantia mínima de respeito aos direitos da mulher, não deixando que ela se torne refém e
escrava da tirania do homem», afirma.
«A norma dada por Moisés é uma garantia mínima ao respeito maior que se deve
ter a cada pessoa», enfatiza.
O arcebispo recorda que Jesus, então, «evoca o dito do Gênesis 1,27 para o sentido rico
do projeto matrimonial, enquanto os dois, homem e mulher, deixam seu pai e sua mãe, para serem, não mais dois, mas uma só
carne».
«Uma só carne significa uma vinculação que exige de cada qual a competência de encontrar aí fonte de sua alegria
permanente, não permitindo que instintos ou interesses egoístas demarquem o tempo da manutenção do vínculo segundo a duração
passageira própria dos impulsos», explica.
Dom Walmor observa que, «para além de um simples respeito e garantia dos
interesses das partes, Jesus sinaliza aos discípulos e discípulas que o vínculo matrimonial é um projeto de vida».
«O
sacrifício de sua oferta é capítulo fundamental neste processo e nesta conquista, criando uma perseverança que sustenta os
baques e as intempéries dos percursos da construção do vínculo matrimonial», afirma.
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AUTO-ESTIMA: QUESTÃO DE VIDA
A vida, esta dádiva maravilhosa de Deus, deve ser amada e valorizada.
Todos os dias ao acordar cada pessoa precisa levantar os olhos ao alto
e agradecer. Sim, agradecer todas estas belezas que nos rodeiam: O ar que respiramos, os pássaros que alegres, gorjeiam, os
animais, as flores, a chuva que cai ou o sol que irradia sua luz, enfim, a natureza, este presente do Criador.
Por que então abrir os olhos e se envolver em tristeza, em mau humor,
em reclamações, se tudo que existe é uma bênção que se oferece a nós, sem pedir nada em troca!?
Por que não ter dentro de si este amor que envolve as criaturas e faz
a vida se tornar bela, ser realmente uma bênção, para cada um de nós?
Cada ser é único e não se repete. Cada ser é amado e escolhido por
Deus, pois mesmo antes de nascer o Senhor já conhecia cada um. E chamava-o pelo nome, conforme a Palavra da Bíblia, em Jeremias
capítulo 1, versículos 4 e 5: " Foi-me dirigida nestes termos a palavra do Senhor: Antes mesmo que no seio fosses formado,
eu já te conhecia, antes de teu nascimento, eu já havia te consagrado e te havia designado profeta das nações".
Nestas palavras, percebemos o amor do Pai, por todos e entendemos a
sua confiança para conosco.
Imaginem: se Deus em sua Onipotência, confia em nós! Por que ter medo,
fraquejar, perder a autoconfiança, perder o estímulo, sentir-se rejeitado, perder a auto-estima? Ora, se Aquele que fez todas
as coisas, que sabe tudo, que conhece as profundezas de cada coração, nos diz que nos conhece e confia em nossos talentos,
por que se desesperar, se deprimir, se angustiar, sentindo-se um ser sem potencial, sem valor? Cada um vale pelo que é no
seu interior, na sua alma. O exterior é somente uma "casca" se o interior não refletir a beleza que existe em cada ser. Lembra
da passagem em que Jesus fala dos lírios do campo que não tecem, nem fiam, mas nem Salomão em toda sua sabedoria jamais se
vestiu como um deles? Será que nós, que somos os filhos escolhidos e amados não valemos mais? Por que então não procurar se
valorizar, vivendo com dignidade, entendendo que ter auto-estima é se amar, para amar o outro.
É preciso, pois, aprender a se conhecer, ou seja, ter autoconhecimento,
pois ele determinará o mais íntimo de nosso ser, ele influirá em nossas escolhas, em nossas decisões e nos impulsionará para
uma existência positiva ou negativa, cabendo a cada um ser o agente de sua própria história.
É necessário ter consciência de que traçamos o nosso caminho
e se não nos embasarmos na verdade, na palavra do Senhor, não teremos condições de enxergar que o mundo é belo, a vida é bela
e tudo só depende de nós. Temos que entender que ninguém muda ninguém, mas cada um pode se modificar, de acordo com as necessidades,
a vontade, o livre arbítrio, pois somos aquilo que queremos ser e para vencermos os obstáculos que aparecem em nossa jornada,
em primeiro lugar temos que ter fé em Deus e acreditar que tudo podemos com Ele de nosso lado. É hora de buscar compreender
o Salmo 22 e orar com alegria, tendo a plena convicção de que o Senhor nos ama, nos ampara e nos consola:
"O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me
faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por
amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são
o meu amparo. Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha
taça. A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias da minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos
dias."
(Explicação: bordão e báculo: bastão, cajado ) Assim, caríssimos irmãos
e irmãs, temos a alegria e a certeza de que por qualquer caminho que estejamos, por qualquer escuridão que nos envolva, não
é preciso ter medo, pois Jesus, o filho amado do Pai, nos transmite este recado cheio de amor por nós, e nos conduz, mostrando-nos
a morada que Ele reserva para cada um de nós.
Então, se a tristeza bater na porta de qualquer um de nós e quiser
nos roubar a auto-estima, fazendo-nos esquecer de que somos alguém especial, capaz de viver uma vida plena de amor, temos
que parar, acalmar o coração, fechar os olhos por um momento, deixar que os pensamentos se tornem claros, para poder, no silêncio
da alma compreender que cada pessoa tem a sua capacidade, cada uma tem a sua qualidade, os seus dons, que de um modo ou de
outro, são importantes no lugar em que se vive, na família, onde nasceu, na rua em que mora, na igreja que freqüenta, no trabalho
que faz, na existência, que é a maior prova do amor de Deus para cada um de nós.
Vamos mais uma vez procurar a palavra do Senhor, na Bíblia e tentar
compreender que somos úteis, cada um à sua maneira, valorizando-nos e nos comprometendo a não nos deixar vencer pelo cansaço,
pelo desânimo, tendo dentro de nós uma auto-estima capaz de perceber como é bom viver e respeitar a vida. Lá em I Coríntios,
capítulo 12, versículos de 4 a 11, percebemos claramente os nossos dons, as nossas virtudes e compreendemos que todos têm
o seu devido valor: " Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também
diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito
comum. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro; uma palavra de ciência; por esse mesmo Espírito; a outro
a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças; no mesmo Espírito; a outro, o dom de milagres; a outro, a
profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas.
Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz."
Também na Bíblia, em Eclesiastes, capítulo 8, versículo 8, constatamos
que não somos senhor da vida e o que podemos e devemos é amá-la e valorizá-la, pois só o Pai que nos criou tem poder sobre
ela. " O homem não é senhor de seu sopro de vida, nem é capaz de conservá-lo. Ninguém tem poder sobre o dia de sua morte,
nem a faculdade de afastar esse combate; e o crime não pode salvar o criminoso."
Com estas passagens bíblicas, mais uma vez voltamos a reter nosso pensamento
na importância de ressaltar o quanto é importante se valorizar, se amar, ter auto-estima, lembrando que este bem precioso
que Jesus nos concedeu é uma dádiva maravilhosa, que deverá ser até o consumar da existência, glorificado, abençoado, tendo
como referência o próprio Cristo que se doou e se sacrificou para que tivéssemos vida em abundância e Ele em sua ressurreição
nos deixa a alegria de também nesta mesma glória, um dia ressuscitar com Ele e nos encontrar no Reino dos céus...
Que o Senhor renove cada um de nós, para que seja, a cada dia, reflexo
de amor e paz aos nossos irmãos, se entendendo, se valorizando, para que passe a fazer parte de cada um, o respeito por si
mesmo, por seus semelhantes, enfim, pela VIDA!
Marlene Bomtempo
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O MILAGRE DE LANCIANO
Pela bondade do Senhor, para aumentar a nossa fé, aconteceram muitos milagres em relação à Eucaristia. O
mais completo deles aconteceu na Idade Média no ano de 780, em Lanciano, na Itália, com um monge de São Basílio.
Esse monge era professor, muito inteligente e culto. Justamente por causa da sua inteligência, começou a
ter dúvidas a respeito da presença real de Jesus na Eucaristia. Ele se perguntava: "Como é possível Jesus estar num pedaço
de pão?" Desse questionamento vieram as dúvidas que foram aumentando cada vez mais.
Certo dia, ao celebrar a Eucaristia na Igreja de Santa Catarina, em Lanciano, esse monge foi surpreendido
por um grande milagre: Enquanto celebrava a missa, após a consagração, a hóstia tornou-se, diante dele, uma fatia de carne
com a espessura e com o tamanho daquela hóstia com que celebrava; com as nervuras e com a cor própria da carne. Espantado,
olhou para o cálice e viu que não era mais vinho e sim sangue, com todas as propriedades de sangue, inclusive, com o odor
característico.
Aquele sacerdote ficou profundamente emocionado e chamou todo o povo. Chorava muito e tentava explicar-lhes
dizendo: "Eu creio, Senhor!"
Vieram seus irmãos sacerdotes para socorrer e nem sabiam o que fazer. Sob as ordens do Bispo, toda aquela
preciosidade foi guardada. Com o passar do tempo, aquela "fatia de carne" começou a encolher, porque é isso que acontece com
todo tecido muscular. Os freis daquela Igreja tiveram receio de perder aquela preciosidade, e muito delicadamente, com tachinhas
de ouro, prenderam as bordas daquele pedaço de carne. Como o tecido era carne humana, começou a rasgar-se no meio. Hoje se
vê ainda os sinais das tachinhas e o rasgão permaneceu.
O vinho consagrado que estava no cálice, se tornou sangue. Sabemos que o sangue se coagula em contato com
o ar. Aquele sangue se coagulou, formando cinco coágulos que foram depositados num cálice de cristal, para a adoração dos
fiéis.
Já se passaram mais de 1200 anos que essas relíquias foram guardadas.
Depois dos anos 60 se levantaram muitas dúvidas: "Será que esse milagre realmente aconteceu? Isso não seria
invenção do povo? Já se passaram tantos séculos...Será que é carne mesmo? Será que é sangue mesmo?
A Igreja busca a verdade, por isso não teve nenhum receio e permitiu que fossem realizados exames para constatar
a realidade dos fatos. Uma equipe médica, muito bem selecionada, fez todos os exames. Nessa equipe havia médicos católicos
e outros totalmente incrédulos. Fizeram todos os exames e após um longo trabalho chegaram aos primeiros resultados: aquele
pedaço de carne em forma de hóstia, é carne humana e mais ainda, proveniente do tecido muscular do coração, o miocárdio.
Os exames realizados nas células daquele tecido mostram que é um tecido vivo. Aquela carne não é um tecido
morto. Está ressequido, mas não é uma carne morta. Os contínuos exames que foram feitos continuam mostrando que se trata de
um tecido vivo.
Examinaram também o sangue e constataram que é humano, do tipo AB, que é o mais comum entre os judeus. Também
chegaram à conclusão de que o sangue e a carne pertencem à mesma pessoa.
Quando o sangue foi examinado, era como se fosse colhido no dia. Sangue vivo com todas as suas propriedades.
Na Eucaristia Jesus está por inteiro, com Seu Corpo ressuscitado e glorioso. Mas Ele quis realizar esse milagre
para que acreditássemos: " A minha carne é verdadeira comida, o meu sangue é verdadeira bebida".
Jesus permitiu esse milagre por causa da falta de fé daquele sacerdote, e por causa da nossa falta de fé.
A demonstração científica é prova de que, em cada Missa, se renova o sacrifício de Jesus.
Ao examinarem aquele sangue constataram que havia proteínas com um percentual característico de sangue fresco
normal. O Dr. Linoli, médico católico, chefe da equipe, enviou o resultado para a Igreja. Em seu telegrama dizia: "Verdadeiramente
o verbo se fez carne".
Por isso adoramos e guardamos este maravilhoso tesouro da Igreja: A Eucaristia, corpo e sangue de Jesus.
Não podemos deixar-nos perturbar pelas idéias de pessoas que não acreditam na presença real de Jesus na Eucaristia.
Porque não acreditam, perdem toda essa preciosidade.
Algo intrigante foi descoberto quando os médicos analisaram aquele sangue, do qual se formaram cinco coágulos
de tamanhos diferentes, portanto o peso deveria ser diferente. Ao pesar cada coágulo, eles verificaram, porém, que todos tinham
o mesmo peso, mesmo sendo de tamanhos diferentes. Quando pesados juntos, dois coágulos, três, quatro ou todos juntos o peso
obtido era sempre o mesmo.
Como se Jesus dissesse: "Faço com a minha carne o que quero! Faço com o meu sangue o que quero! Dou a eles
o peso que quero! O que cientificamente é impossível. Eu o faço. Tanto assim que faço de um pedaço de pão a minha carne, e
de um pouco de vinho o meu sangue. Eu permiti que vocês fizessem todos os exames e a ciência comprovou a verdade do que Eu
disse. Agora me expliquem por que o peso de cada coágulo do meu sangue tem todos o mesmo peso e todos eles juntos têm ainda
o mesmo peso?!".Poderia dizer: Deus quis brincar com as criaturas.
Dr. Linoli, depois de dirigir a pesquisa desse grande milagre, se transferiu para essa cidade e continuou
os estudos em Lanciano.
Ele ficou intrigado com aquele rasgo na hóstia feita carne e se perguntava: "Por que Deus permitiu esse rasgo?"
Continuou então, examinando até obter uma resposta.
Através de computadores, pôde-se reconstituir o coração graficamente, e recolocar aquele pedaço de carne.
O médico acabou constatando que aquele rasgo que ficou na hóstia, corresponde perfeitamente ao rasgo da lança, que penetrou
o lado de Jesus e atingiu o seu coração.
Jesus disse: "Isto é o meu corpo, isto é o meu sangue". E Ele fala a verdade, pois é a Verdade.
O Papa João Paulo II, quando esteve em Lanciano, em 1974, ainda como cardeal Woytila deixou no álbum de visitantes:
" Fazei, Senhor, que sempre creiamos mais em Ti, que em Ti esperemos e que Te amemos".
Como está no Catecismo da Igreja Católica, precisamos acreditar. Estamos diante de uma questão de fé e não
de razão.
Mais do que nunca precisamos dizer: Creio, Senhor, mas aumenta a minha fé. Creio que Tu estás presente na
Eucaristia: Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Creio, Senhor, na Tua palavra: "E o pão que eu darei é a minha carne, dada para
que o mundo tenha a vida."
( Relato extraído de um Jornal Católico)
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A loja de Deus
Entrei numa loja e vi um anjo no balcão. -Santo anjo do senhor, o que vendes? Respondeu-me: -Todos os dons de
deus. -Custa muito caro? -Não, tudo é de graça. Contemplei a loja e vi vasos de vidro de fé, pacotes de esperança,
caixinhas de felicidade e sabedoria. Tomei coragem e pedi: -Por favor, quero muito amor de deus, todo o perdão dele,
vidros de fé, bastante alegria e felicidade eterna para mim e para minha família. Então, o anjo do senhor preparou um pequeno
embrulho que cabia na minha mão. -É possível, tudo aqui? O anjo respondeu sorrindo: -Meu querido irmão, na loja de
Deus não vendemos frutos, apenas sementes. Plante a sua e seja feliz.
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Dinamismo evangelizador dos católicos: vacina frente ao avanço das seitas Experiência
de uma arquidiocese brasileira
KONIGSTEIN, segunda-feira, 9 de outubro de 2006 - O dinamismo evangelizador dos católicos
é a melhor vacina para deter o avanço das seitas, constatou a arquidiocese de Palmas, no Estado de Tocantins (norte do Brasil).
«Graças ao crescimento das comunidades católicas e à infra-estrutura eclesial, assim como ao compromisso social da
Igreja, fomos capazes de conter, ao menos um pouco, a influência das seitas evangélicas», reconheceu o Pe. Philip Dickmans,
sacerdote que trabalha nessa arquidiocese, em uma recente visita a Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
O missionário belga
acrescentou: «Não obstante, as seitas constroem novos templos quase diariamente, pelo que há até dez templos por cada igreja
católica».
O sacerdote considera que é decisiva a formação dos futuros sacerdotes da arquidiocese.
«Contamos
com a ordenação de sete candidatos no ano que vem», afirma.
Atualmente, a Arquidiocese de Palmas, erigida há dez anos,
conta com cerca de 180.000 habitantes, entre os quais há 140.000 católicos. Nestes momentos, 40 sacerdotes diocesanos e regulares
assistem os fiéis, e 22 seminaristas maiores se preparam para o sacerdócio.
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Reflexão de Bento XVI sobre a paz No ato de oração pelo Oriente Médio, presidido
por ele no domingo
RHÊMES-SAINT GEORGES, terça-feira, 25 de julho de 2006 - Publicamos as palavras que Bento dirigiu,
sem papéis, na tarde deste domingo, no ato de oração pela paz no Oriente Médio que ele presidiu na igreja paroquial de Rhêmes
Saint-Georges, no Vale de Aosta.
* * *
Eu gostaria somente de oferecer umas breves palavras de meditação sobre a leitura que acabamos de escutar. Com o fundo
da dramática situação do Oriente Médio, impressiona-nos a beleza da visão ilustrada pelo apóstolo Paulo (cf. Efésios 2, 13-18):
Cristo é a nossa paz. Ele reconciliou uns e outros, judeus e pagãos, unindo-os em seu Corpo. Ele superou a inimizade com o
seu Corpo, na Cruz. Com sua morte, superou a inimizade e uniu todos em sua paz.
No entanto, mais que a beleza dessa
visão, o que nos impressiona é o contraste com a realidade que vivemos e vemos. E, em um primeiro momento, não podemos fazer
outra coisa senão perguntar ao Senhor: «Mas, Senhor, o que é que teu apóstolo está nos dizendo: "Foram reconciliados"?» Na
verdade, nós vemos que não estão reconciliados... Ainda há guerras entre cristãos, muçulmanos, judeus; e outros fomentam a
guerra, e tudo continua repleto de inimizade, de violência. Onde está a eficácia do teu sacrifício? Onde está, na história,
esta paz da qual o teu apóstolo nos fala?
Nós, os homens, não podemos resolver o mistério da história, o mistério
da liberdade humana que diz «não» à paz de Deus. Não podemos resolver todo o mistério da relação entre Deus e o homem, de
sua ação e de nossa resposta. Temos de aceitar o mistério. No entanto, há elementos de resposta que o Senhor nos oferece.
Um primeiro elemento é que essa reconciliação do Senhor, esse sacrifício seu, não foi ineficaz. Existe a grande realidade
da comunhão da Igreja universal, de todos os povos, da rede da Comunhão eucarística, que transcende as fronteiras de culturas,
de civilizações, de povos, de tempos. Existe essa comunhão, existem essas «ilhas de paz» no Corpo de Cristo. Existem. E existem
forças de paz no mundo. Se contemplarmos a história, podemos ver os grandes santos da caridade que criaram «oásis» dessa paz
de Deus no mundo, que acenderam novamente sua luz, e foram capazes de reconciliar e de criar de novo a paz. Existem os mártires
que sofreram com Cristo, que deram esse testemunho da paz, do amor, que coloca um limite à violência.
E vendo que
a realidade da paz existe, ainda que a outra realidade tenha permanecido, podemos aprofundar ainda mais na mensagem desta
carta de São Paulo aos Efésios. O Senhor venceu na cruz. Ele não venceu com um novo império, com uma força mais poderosa que
as outras, capaz de destruí-las; não venceu de uma maneira humana, como imaginamos, com um império mais forte que o outro.
Ele venceu com um amor capaz de chegar até a morte. Esta é a nova maneira de vencer de Deus: à violência não opõe uma violência
mais forte. À violência opõe precisamente o contrário: o amor até o final, sua Cruz. Esta é a maneira humilde de vencer de
Deus: com seu amor -- e só assim é possível -- põe um limite à violência. Esta é uma maneira de vencer que nos parece muito
lenta, mas é a verdadeira forma de vencer o mal, de vencer a violência, e temos que confiar nesta forma divina de vencer.
Confiar quer dizer entrar ativamente nesse amor divino, participar desse trabalho de pacificação, para estar em linha
com o que o Senhor diz: «Bem-aventurados os pacificadores, os agentes de paz, porque eles são os filhos de Deus». Temos de
levar, na medida das nossas possibilidades, nosso amor a todos os que sofrem, sabendo que o Juiz do Juízo Final se identifica
com os que sofrem. Portanto, o que fazemos aos que sofrem, estamos fazendo ao Juiz Último da nossa vida. Isso é importante:
neste momento, podemos levar sua vitória ao mundo, participando ativamente de sua caridade. Hoje, em um mundo multicultural
e multirreligioso, muitos têm a tentação de dizer: «É melhor para a paz do mundo, entre as religiões, entre as culturas, não
falar demais do específico do cristianismo, isto é, de Jesus, da Igreja, dos Sacramentos. Contentemo-nos com o que pode ser
mais ou menos comum...». Mas não é verdade. Precisamente neste momento, momento de um grande abuso em nome de Deus, temos
necessidade do Deus que vence na cruz, que não vence com a violência, senão com seu amor. Precisamente neste momento, temos
necessidade do Rosto de Cristo para conhecer o verdadeiro rosto de Deus e para poder levar assim a reconciliação e a luz a
este mundo. Por este motivo, junto com o amor, temos que levar também o testemunho desse Deus, da vitória de Deus, precisamente
mediante a não-violência de sua Cruz.
Desta forma, voltamos ao ponto de partida. O que podemos fazer é dar testemunho
do amor, testemunho da fé; e, sobretudo, elevar um grito a Deus: podemos rezar! Estamos certos de que nosso Pai escuta o grito
de seus filhos. Na missa, ao preparar-nos para a santa Comunhão, para receber o Corpo de Cristo que nos une, pedimos com a
Igreja: «Livrai-nos, Senhor, de todos os males, e concedei a paz em nossos dias». Que esta seja a nossa oração neste momento:
«Livrai-nos de todos os males e dai-nos a paz». Não amanhã, ou depois de amanhã: dai-nos, Senhor, a paz hoje! Amém.
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Maria Madalena, segundo Bento XVI O Papa apresenta as lições desta «discípula»
de Jesus
INTROD, domingo, 23 de julho de 2006 - Bento XVI expôs neste domingo as lições que deixou aos cristãos de
todos os tempos Maria Madalena, «discípula» de Jesus, «testemunha do poder de seu amor misericordioso, que é mais forte que
o pecado e a morte».
O Papa recordou a figura desta mulher, «que nos Evangelhos desempenha um lugar de primeira ordem»,
um dia depois do qual a Igreja celebrara sua memória litúrgica.
O Evangelho de S. Lucas, recordou o Papa, «a apresenta
entre as mulheres que seguiram Jesus depois de ter "sido curada de espíritos malignos e enfermidades", precisando que dela
"tinham saído sete demônios"».
«Madalena estará presente sob a Cruz, junto a Mãe de Jesus e outras mulheres –
continuou dizendo –. Ela descobrirá, na manhã do primeiro dia depois do sábado, o sepulcro vazio, junto ao qual permanecerá
chorando até que lhe aparecesse Jesus ressuscitado».
Segundo Bento XVI, «a história de Maria de Mágdala recorda a
todos uma verdade fundamental: discípulo de Cristo é quem, na experiência da debilidade humana, teve a humildade de pedir-lhe
ajuda, foi curado por ele, e lhe seguiu de perto, convertendo-se em testemunha do poder de seu amor misericordioso, que é
mais forte que o pecado.
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FELIZ PÁSCOA
A Quaresma está chegando ao fim. O tempo de penitência, de conversão está prestes a findar. Mas é chegada
a hora do momento maior, do momento máximo, quando nossos corações se unem num só coro para cantar Glória ao Filho que ressuscita,
trazendo em sua auréola a luz que guiará o nosso caminho e nos dará um novo ânimo para caminhar firme e perseverante nesta
estrada que Ele mesmo construiu para nós, feita de amor e remissão, mostrando-nos que o seu amor foi maior que todos os outros
e morreu por nós, mas não nos deixou órfãos e no sábado, saiu do sepulcro, mostrando ao mundo que Ele é a Salvação, Ele é
o Amor, Ele é a Vida Eterna.
Diz a Palavra de João, capítulo 12, versículo 24: " Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele fica
só. Mas, se morrer, produz muito fruto".
Assim então, era preciso que Ele sofresse a morte e quis que fosse morte de cruz, para nos mostrar que a
nossa redenção é este seu martírio, pois por causa de nossos pecados e para que um dia estivéssemos com Ele, teria que passar
todo este sofrimento, fazendo com que o mundo pudesse entender que quem muito ama, muito oferece, muito contribui, muito doa,
ensinando com seu exemplo que se quisermos seguir os seus passos, temos que acolher também o nosso irmão, ser solidário, estender
a mão a todos que necessitam, sem distinção de raça ou de cor, compreendendo que somos todos filhos de um mesmo Pai e se quisermos
entrar em seu reino, temos que caminhar com os olhos voltados para o alto, entendendo que somente os justos e retos de coração
encontrarão as portas abertas e serão recebidos como herdeiros de seu amor e de sua glória.
Que o Senhor nos dê força para caminhar ao seu lado e nos contagie com seu amor, para que possamos ter uma
Páscoa repleta do verdadeiro amor de Deus, que é o sentido real de Sua Ressurreição!
Feliz Páscoa a todos com muita paz e amor!
Marlene Bomtempo
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Fundação da Igreja
O primeiro chefe da Igreja Católica (o primeiro Papa) foi São Pedro, a quem, Jesus Cristo disse Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja
(Mateus XVI:18-19).
O evangelho reflete a vontade de Jesus Cristo de que os seus discípulos permanecessem unidos sob a direção de Pedro, a quem Cristo
deu o nome num momento solene, levando os seus apóstolos a uma cidade edificada junto a uma falésia, Cesareia de Filipo: "Tu és Pedro e sobre
esta pedra, edificarei a minha Igreja. A ti darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos
céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Evangelho segundo São Mateus, 16, 13-20).
O governo hierárquico da Igreja Católica baseia-se posteriormente na autoridade dos
sucessores dos Apóstolos, chamados Bispos, reunidos em concílio sob a autoridade do primaz de todos os Bispos, o Bispo de Roma, porque tanto São Pedro
como São Paulo morreram em Roma, e daí a igreja da cidade ser reconhecida como cabeça das demais.
Para o caso de São Paulo, além do testemunho das suas cartas desde a prisão em Roma, existem testemunhos arqueológicos e escritos
do seu martírio em Roma.
Mais importante é o caso de São Pedro, de quem propriamente se considera que sucedem
os outros 264 Papas. Nas escavações arqueológicas realizadas na segunda metade do século XX por baixo do altar maior da Basílica de São Pedro no Vaticano provou-se que o túmulo principal ali situado, junto a várias inscrições
com o nome "Petrus", contém vestígios do século I. Existem adicionalmente testemunhos escritos. De entre os mais importantes estão:
A carta de Clemente Romano (terceiro sucessor de Pedro), dirigida no ano 98 aos fiéis de Corinto. Nela menciona-se o martírio de Pedro em Roma no ano 64, e também o de Paulo. O fato de que se dirija com autoridade a uma Igreja distante
(grega) deixa claro que os cristãos reconheciam a autoridade do sucessor de Pedro.
Vinte anos depois (117), o Bispo Inácio de Antioquia (Igreja que também havia sido presidida por Pedro), escreveu
sete cartas aos seus fiéis enquanto viajava para Roma, como condenado à morte. Numa delas pede aos cristãos romanos que não
intercedam pela sua libertação, esclarecento que "Não os comando como Pedro e Paulo". Além de testemunho do martírio romano
dos principais apóstolos, mostra a submissão das demais igrejas à de Roma.
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Nota da CNBB aos católicos
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dom Geraldo Majella Agnelo aconselhou nesta quarta-feira
os católicos a não assistirem ao filme "O Código Da Vinci", baseado no livro homônimo do escritor Dan Brown, por apresentar
"uma imagem distorcida de Jesus Cristo, que está em contraste com as pesquisas e afirmações de estudiosos de diversas áreas
das ciências humanas, da teologia e dos estudos bíblicos".
Conforme d.Geraldo, muitas vezes são produzidas obras apenas
com o intuito de ganhar dinheiro (caso, segundo ele, do filme e do livro) "contendo afirmações levianas e até com um engodo
muito bem feito, levando dúvida e perplexidade às pessoas", disse. "Não temos o desejo de proibir a ninguém de ver o filme,
mas alertamos as pessoas a se informarem bem para não sair de lá dizendo: 'puxa, agora virou tudo!'", comentou. Entre as provocações
da obra de Brown está a versão de que Jesus casou-se com Maria Madalena e a Igreja procurou esconder a verdade sobre a vida
do Salvador.
"Vamos acreditar nos Evangelhos ou nesses escritos e interpretações dos últimos tempos?", indagou, admitindo
que a obra cinematográfica tem um impacto maior que a literária. "Certamente, aquilo que está no vídeo causa uma impressão
bem maior; o livro, não são todos os que tem contato", disse.
O cardeal-arcebispo de Salvador e primaz do Brasil assinou
uma nota da CNBB orientando os católicos a proceder em relação ao filme. "Não devemos esquecer que a obra em questão é de
ficção e não retrata a história de Jesus nem da Igreja", diz num trecho, alertando: "o que é fantasia deve ser lido e entendido
como fantasia. As únicas fontes dignas de fé sobre a vida de Jesus e o início da Igreja estão nos textos do Novo Testamento,
da Bíblia".
Segundo o cardeal, nos períodos de datas consideradas sagradas pela Igreja Católica como o Natal e Semana
Santa "sempre aparece alguma coisa para desmerecer a instituição". Ele citou também nessa linha a recente divulgação da tradução
completa do Evangelho de Judas. Mas não é sempre que a CNBB critica obras artísticas baseadas em passagens da Bíblia. A entidade
e d.Geraldo gostaram e recomendaram há dois anos o filme "A Paixão de Cristo" de Mel Gibson, que retrata as últimas horas
de vida de Jesus. A fita foi condenada pelos judeus por passar a idéia de que apenas os sacerdotes judeus foram os responsáveis
pela morte de Jesus.
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NA SEDUÇÃO DO SENHOR!...
Senhor, nesta manhã, revejo o poema,
onde me chamas para caminhar contigo!.
Nele sinto que este chamado
me dá um alerta para não fraquejar...
não desanimar... continuar firme...
sabendo que estás comigo...que me consolas...
que me orientas..que me seduz!...
No teu olhar que me perscruta...
sinto que tenho de fazer a minha parte...
trabalhando na missão... evangelizando...
levando uma esperança aos mais necessitados...
mesmo que todos fraquejem...
Neste chamado, Senhor, quantas vezes eu quis fugir...
não entender que precisavas de mim...
eu quis voltar atrás e ter novamente um coração de pedra...
que não compreende a súplica de Teu olhar!...
Quantas vezes, Senhor, este fogo de amor me arrasta
e a Tua presença me faz falta!...
Sem Ti o vazio me consome!...
Mesmo querendo fugir... desistir... não ter compromisso...
não dar resposta... volto a olhar para dentro de mim mesma (o)
e lá... enraizado palpita o AMOR que preenche todas as lacunas
e me faz lembrar que já me cativaste!...
Agora não consigo ficar longe!...
A saudade do Teu olhar... da Tua presença...
do Teu silêncio que cala a minha alma...
tudo isto me faz entender
que a minha vida só tem sentido perto de Ti!
Peço, então, meu Pai, não me abandones...
nem me deixes voltar para o caminho de espinhos...
de trevas... desviando desta Luz que me faz forte...
me faz inteira (o)... me dá novo ânimo para lutar...
prosseguir na jornada...onde Tu me ensinaste
que para vencer tenho que estar disposta (o) a perseverar...
mesmo que tudo ao meu redor se desmorone!... Amém!
Marlene Bomtempo
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Princípio do Vácuo...
Você tem o hábito de juntar objetos inúteis no momento, acreditando que um dia (não sabe quando) poderá precisar deles?
Você tem o hábito de juntar dinheiro só para não gastá-lo, pois no futuro poderá fazer falta? Você tem o hábito de
guardar roupas, sapatos, móveis, utensílios domésticos e outros tipos de equipamentos que já não usa há um bom tempo? E
dentro de você? Você tem o hábito de guardar mágoas, ressentimentos, raivas e medos?
Não faça isso... É anti- prosperidade!
É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem em sua vida. É preciso eliminar o que é inútil
em você e na sua vida, para que a prosperidade venha. É a força desse vazio que absorverá e atrairá tudo o que você
almeja. Enquanto você estiver material ou emocionalmente carregado de coisas velhas e inúteis, não haverá espaço aberto
para novas oportunidades. Os bens precisam circular. Limpe as gavetas, os guarda-roupas, o quartinho lá do fundo, a
garagem. Dê o que você não usa mais. A atitude de guardar um monte de coisas inúteis amarra sua vida. Não são os objetos
guardados que emperram sua vida, mas o significado da atitude de guardar. Quando se guarda, considera-se a possibilidade
da falta, da carência. É acreditar que amanhã poderá faltar, e você não terá meios de prover suas necessidades. Com
essa postura, você está enviando duas mensagens para o seu cérebro e para a vida: "A que se contenta em guardar coisas
velhas e inúteis".
Desfaça-se do que perdeu a cor e o brilho e deixe entrar o novo em sua casa e dentro de você!
"As pessoas são solitárias porque constroem paredes ao invés de pontes."
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Racismo
A seguinte cena aconteceu em um vôo da British Airways entre Johannesburgo (África do Sul) e Londres.
Uma mulher
branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.
Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo. "Qual o problema, senhora"?, perguntou a comissária. "Não
está vendo? - respondeu a senhora - "Vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra
cadeira". "Por favor, acalme-se - disse a aeromoça - "Infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se
ainda temos algum disponível". A comissária se afasta e volta alguns minutos depois. "Senhora, como eu disse, não
há nenhum outro lugar livre na classe econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar, mesmo.
Temos apenas um lugar na primeira classe". E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua: "Veja,
é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em
vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa
desagradável". E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu: "Portanto, senhor, caso queira, por favor,
pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe..." E todos os passageiros próximos,
que, estupefatos, assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.
"O que me preocupa não é o grito dos maus.
É o silêncio dos bons."
(Martin Luther King)
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ORAÇÃO À COLCHA DE RETALHOS
Senhor, Outro dia fiz uma colcha de retalhos.
Ao pegar cada pedaço, recordava-me de pessoas ...acontecimentos...
Como se cada um tivesse sua história para contar.
Fui costurar. Cores que à primeira vista não combinavam, padrões e desenhos totalmente diferentes, tudo se juntou.
A colcha ficou pronta. E como ficou bonita!
E fico pensando: Tu criaste todos os seres diferentes. Ninguém é igual ao outro. Nada de repetição, de monotonia.
E não são diferentes só fisicamente. Todos pensam diferente, sentem diferente, agem diferente.
Um completa o outro. Um apóia o outro.
Que maravilha é uma "colcha" de tantos seres diferentes, formando a humanidade.
Por que quero que todos sejam iguais, pensem igual, sintam igual?
Eu sou um pedacinho no grande conjunto. Embelezo sua criação de um determinado modo. Outros realçam outras cores, outros
padrões.
Importante é querer ser "costurado" aos outros retalhos e não ficar isolado.
Todos unidos à procura da unidade na pluriformidade.
Obrigada, Senhor!
( Este texto foi tirado do Jornalzinho: "O Lutador" )
Marlene Bomtempo
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POR QUE IR À IGREJA? Um
freqüentador de Igreja escreveu para o editor de um jornal e reclamou que não faz sentido ir à Igreja todos os domingos. "
Eu tenho ido à Igreja por 30 anos", ele escreveu, " e durante este tempo eu ouvi uns 3.000 sermões. Mas por minha vida, eu
não consigo lembrar nenhum si quer deles..." Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os Padres e Pastores estão
desperdiçando o tempo deles pregando sermões! Esta carta iniciou uma grande controvérsia na coluna "Cartas ao Editor",
para prazer do Editor em Chefe do jornal. Isto foi por semanas, recebendo e publicando cartas no assunto, até que alguém escreveu
este argumento:
" Eu estou casado já há 30 anos. Durante este tempo minha esposa deve ter cozinhado umas 32.000 refeições.
Mas, por minha vida, eu não consigo me lembrar do cardápio de nenhuma destas 32.000 refeições. Mas de uma coisa eu sei ...
Todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho. Se minha esposa não tivesse me dado
estas refeições, eu estaria hoje fisicamente morto. Da mesma maneira, se eu não tivesse ido à Igreja para alimentar minha
fome espiritual, eu estaria hoje morto espiritualmente." Quando a gente está resumido a NADA... DEUS está POR CIMA DE TUDO!
Fé vê o invisível, acredita no inacreditável, e recebe o impossível! Graças a Deus por nossa nutrição física e espiritual!" Pois
bem, agora que você terminou de ler esta mensagem, mande-a pra frente!!! Quando o diabo está batendo na sua porta, simplesmente
diga:
"JESUS, POR FAVOR ATENDA PRA MIM!"
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EXPLANAÇÃO SOBRE A QUARESMA
A Quaresma é um tempo de CONVERSÃO. Ela se inicia na QUARTA-FEIRA DE CINZAS e vai até a QUINTA-FEIRA DA SEMANA
SANTA.
Nesta época precisamos ter em mente um espírito voltado para a luz, para o amor, para os mais sofridos, procurando ajudar
com nosso carinho, com nosso desprendimento, fazendo ações concretas de solidariedade, lembrando-nos de que Jesus sofreu e
morreu para nos salvar. É um tempo de reflexão onde devemos buscar na Bíblia, palavras de conforto e de ajuda em todos os
nossos anseios, sabendo que o Senhor é Pai e nos ama acima de tudo.
No Brasil, neste tempo, temos a CAMPANHA DA FRATERNIDADE, que este ano tem como tema: FRATERNIDADE E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
e lema: "LEVANTA-TE, VEM PARA O MEIO".
Esta campanha vem nos sensibilizar para entendermos que somos todos irmãos e que todos merecem o nosso respeito e o nosso
amor, sendo solidários, sem discriminações, procurando incluí-los em todos os setores da vida. É necessário conhecer melhor
a realidade das pessoas com deficiência e refletir sobre a sua situação, à luz da Palavra de Deus e da ética cristã, para
suscitar maior fraternidade, promovendo sua dignidade e seus direitos.
Esta proposta da Campanha da Fraternidade quer nos fazer entender que as pessoas são capazes, mas para que elas se sintam
incluídas, depende de nós, sermos atentas às suas dificuldades, dando-lhes estímulo para que possam caminhar com dignidade,
sentindo-se parte da sociedade, tendo em mente, que em suas limitações, são úteis e fazem parte de nossa realidade.
Vamos pois fazer desta QUARESMA, um tempo de amor ao próximo, promovendo situações que ajudem aqueles que se sentem excluídos
a se tornarem parte integrante do mundo em que vivemos, partilhando ações que promovam o bem-estar de uns de outros. Vamos
amar como Jesus amou, tendo orações e ações que nos levem a ser um fermento vivo na massa.
Que o Senhor nos dê força para caminhar firmes, buscando a cada dia, o REINO DE DEUS.
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Este poema brotou de minha alma, após uns instantes de reflexão e silêncio com Jesus.
Senhor, nesta manhã de sol, após a chuva fina da noite,
quando o silêncio me envolve e ao fundo deste silêncio,
os gorjeios dos pássaros me trazem a Tua Presença,
agradeço, meu Pai, a dádiva de estar ao Teu lado,
podendo sentí-Lo no íntimo e no profundo de meu coração,
e ouvir a Tua voz que me desperta deste meu comodismo
e me faz perceber que na Tua Presença,
no Teu Aconchego, a vida se torna plena
e já não tenho mais medo. Obrigada, Senhor, por este momento ao teu lado! Obrigada, Senhor, pelo convite que me
fizeste
através de Tua filha, Eremita! Que o Teu Amor e a Tua Bênção cubram esta irmã, dando a ela as graças e o amor necessários
para permanecer em Ti, para sempre! Obrigada, Senhor, pela minha família, por tudo que me faz respirar e me deixar
conduzir à Tua Fonte de Água Eterna. Ensina-me o caminho para chegar aos irmãos! Amém.
Marlene Bomtempo
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A estratégia por debaixo de «O Código da Vinci»
Entrevista com o escritor Mark Shea - Disponível até 12 Março.
Milhões de pessoas em todo o mundo leram «O
Código da Vinci», e muitas mais esperam ver a versão cinematográfica que estreará em 19 de maio.
Por isso, Mark Shea
e Ted Sri --escritor e professor de Teologia, respectivamente-- escreveram o livro «A decepção do Código da Vinci» («The Da
Vinci Deception», Ascension), uma guia que marca a diferença entre os fatos e a ficção narrados no livro de Dan Brown.
Shea
explicou a Zenit nesta entrevista os principais erros contidos no livro e por que o texto é uma ameaça para a fé dos cristãos.
--O que os levou a escrever este livro?
--Shea: Dezenas de milhões de pessoas leram «O Código da Vinci»,
e muitas viram como sua fé em Cristo e na Igreja Católica ficava abalada. Este livro converteu-se em um enorme fenômeno cultural,
em grande parte porque ataca a verdadeira pessoa e missão de Jesus Cristo. Isso deve ser corrigido.
A resposta no
longo prazo é que «O Código da Vinci» converteu-se na fonte do que eu chamo de «pseudoconhecimento» sobre a fé cristã.
O
pseudoconhecimento é esse que «todos conhecem», mas que é irreal. Mas importa realmente quando afeta negativamente as crenças
mais sagradas de bilhões de pessoas, e quando acusa a Igreja Católica de ser uma grande «associação de delinqüentes», fundada
sobre a mentira da divindade de Jesus e de sua ressurreição.
Quando isso acontece, gênios muito desagradáveis saem
de suas garrafas, como quando as mentiras registradas pela polícia czarista do século XIX, nos «Protocolos dos Sábios de Sião»,
converteram-se na base do que «todos sabem» sobre os judeus, justificação das terríveis perseguições anti-semitas do século
XX.
«O Código da Vinci» vendeu cerca de 30 milhões de exemplares. Em maio, estreará o filme e adquirirá uma autoridade
indiscutível entre uma audiência de milhões de analfabetos históricos e teológicos, a não ser que os cristãos esclareçam os
fatos e ajudem os espectadores a reconhecer o mal que lhes fizeram.
Quem diz que «não é mais que uma novela» simplesmente
não compreende que nisto consiste o engano. As pessoas com freqüência aceitam em uma novela de ficção o que não aceitariam
em um debate razoável.
E isto é sobretudo verdade porque Dan Brown, autor de «O Código da Vinci», afirmou recentemente
que não mudaria nenhuma de suas asserções básicas no caso de que o que escrevesse não fosse uma novela. Brown pretende dizer
que temos de compreender que suas afirmações sobre a origem do cristianismo são verdadeiras.
--Quais são os principais
erros de «O Código da Vinci»?
--Shea: Não só há erros desmedidos sobre os fatos, mas também mentiras descaradas,
grandes e pequenas, sobre praticamente cada uma das matérias que Brown toca em questões de arte, história e teologia. Dá a
entender que documentos falsos, que equipara a suas questionáveis fontes rejeitadas, correspondem com os fatos.
Afirma
que Leonardo da Vinci não dá a Jesus um cálice em seu quadro de «A Última Ceia» para dizer indiretamente que Maria Madalena
é o verdadeiro cálice que leva o «sangue de Jesus» --ou seja, seu filho--, apesar do fato de que há treze copos na pintura.
Fala acerca do significado de uma palavra aramaica no evangelho gnóstico de Felipe, esquecendo o fato que esse texto
está escrito em copta.
Apresenta Maria Madalena como a vítima de uma campanha de difamação católica, sem deter-se
a perguntar-se por que é uma santa católica.
Culpa o «Vaticano» de vários complôs e conspirações que supostamente
aconteceram séculos antes que o Vaticano existisse para poder conspirar.
E, supostamente, na maior mentira de todas,
declara que todo o mundo antes do ano 325 pensava que Jesus não era mais que um «profeta mortal» até que Constantino obrigou
o Concílio de Nicéia a declará-lo Deus «por uma diferença escassa de votos».
Ele não parou a perguntar-se por que,
se Jesus foi só um «profeta mortal», inquietou-se em fundar uma Igreja, nem o que foi da Igreja durante os 300 primeiros anos
do cristianismo se ninguém cultuava Jesus como Deus.
--São um desafio para a Igreja estas inexatidões?
--Shea:
Brown está tentando estabelecer um mito inventado, feminista e neopagão. O mito básico é: Jesus era feminista, partidário
acérrimo do neopaganismo. Supostamente, a Igreja cobriu tudo isto com mentiras sobre sua divindade. O ponto de vista de Brown
é: regressemos ao culto à deusa como pretendeu Jesus.
Esta afirmação ridícula e sem nenhum fundamento é, supostamente,
completamente contrária aos atos de Jesus. Mas muitos em nossa cultura acreditam, pois são analfabetos historicamente. De
maneira que os católicos devem começar a catequizar-se não só a si mesmos, mas a suas famílias, amigos e vizinhos. Do contrário,
deixarão que este mito daninho continue existindo.
--As recentes respostas violentas dos muçulmanos contra as charges
de Maomé parecem assinalar crescentes tensões entre a religião e a sociedade. O que acha sobre o fato de que o filme saia
precisamente agora?
--Shea: Sem dúvidas, os promotores do filme tentarão definir os protestos católicos contra
as distorções dos fatos por parte de «O Código da Vinci» como idênticas às ameaças dos islamitas radicais à liberdade de expressão.
Agora esta afirmação tem um problema: a Igreja não aprova a queima de edifícios ou as ameaças de morte contra o povo,
inclusive quando mentem sobre Cristo. Nós simplesmente e educadamente pedimos que os criadores de «O Código da Vinci» não
nos divulguem insultantes mentiras como se fossem fatos.
Os criadores da cultura no Ocidente desacreditam com mais
facilidade a Igreja que o Islã radical, pois sabem perfeitamente que o Vaticano lança ameaças de morte.
--Por que
as pessoas levam tão a sério as novelas de Dan Brown?
--Shea: «O Código da Vinci» não é mais que uma manifestação
do que eu chamo de o último «autêntico» Jesus, cada geração tende a descobrir o último autêntico Jesus.
Há cem anos,
Albert Schweitzer descobriu que o «autêntico» Jesus era um Evangelho Social Protestante. Nos explosivos anos vinte, as pessoas
descobriram que Jesus era um rapaz de um pôster publicitário. Nos trinta, os nazistas descobriram um «autêntico» Jesus que
era ariano, não judeu, enquanto que os comunistas descobriram um Jesus que foi o primeiro «marxista».
Nos sessenta,
descobriu-se que o «autêntico» Jesus era um filho das flores, amante dos fungos alucinógenos, o qual explicava de forma estupenda
todas as visões e milagres. Nos setenta, o «autêntico» Jesus era um «superstar» ao modo dos ditames da cultura do rock.
Nos
anos oitenta, apareceu em cena para prometer saúde e prosperidade e curar a tua criança interior, ao modo de quando sofria
crises existenciais --lutando com sua libido e corroído pela dúvida sobre si mesmo--, como se fosse uma criança ensimesmada
da geração do «boom», em «A última tentação de Cristo».
Nos noventa, de repente se descobriu que era um entusiasta
homossexual na obra blasfema «Corpus Christi».
Hoje, vivemos em uma cultura obcecada com a vida sexual dos ricos e
famosos, que crê com facilidade em amplas teorias da conspiração, repleta de noções sobre paganismo e feminismo, e hostil
às noções tradicionais tanto de razão como de autoridade.
Por uma incompreensível coincidência, Dan Brown descobriu
um «autêntico» Jesus que reflete perfeitamente esta ampla cultura vaidosa. E quando as pessoas criam coisas baseadas nesta
cultura mutável, especialmente coisas malignas, isto é daninho para sua fé.
Nosso livro está pensado precisamente
para ajudar as pessoas a que deixem de levar tão a sério «O Código da Vinci». Felizmente, Dan Brown e companhia nos puseram
as coisas fáceis neste sentido.
É muito fácil demonstrar que suas afirmações no livro são falsas. Por isso, a melhor
cura contra «O Código da Vinci» é, afinal de contas, um vendaval curativo de risos bem informado.
A Borboleta Azul
Era maio e um pálido sol sorria entre nuvens violetas e rosa-clarinhas. Lene aproveitou que o tempo estava bom e saiu para
o pomar, a fim de observar suas lindas plantas tão queridas. As laranjeiras em flor, pareciam noivas à espera dos companheiros.
O perfume espalhado no ar era uma festa.
Tudo estava lindo ao redor e a boneca contemplava, apaixonada.
Ao seu lado surgiu sua grande amiga e companheira de passeios a formosa Borboleta Azul.
Elas se entendiam e começaram a admirar a maravilha daquele quintal todo coberto de flores que caíam pelo chão.
Dançando pelo ar, a Borboleta Azul ia e voltava, beijando todas as flores, como a saudar-lhes, nesta suave manhã.
De repente, Lene sentiu que alguma coisa estava diferente.
Parou para verificar e viu que a sua companheira inseparável, convidava-a para um cantinho bem escondido, mostrando-lhe
algo.
_ Que você quer mostrar-me, querida amiga?
Mas a borboleta apenas voava, saltitante, deixando que a boneca percebesse por si mesma o motivo de sua ansiedade. Chegava
a hora da amiga conhecer sua morada e seu segredo.
Bem no fundo do pomar, rodeadas de frondosas árvores, pequeninas borboletas pareciam trabalhar com energia. Era belíssimo
aquele espetáculo.
Havia borboletas de todas as cores e tamanhos. Lene não sabia o que pensar, presenciando esse maravilhoso acontecimento.
Aquele parecia um dia especial. Todas as borboletas e demais insetos se agitavam ansiosos, parecendo esperar alguém ou
um sinal qualquer.
O pomar e o jardim estavam preparados como se aquele fosse um dia de festa.
A orquestra dos pássaros e grilos já se encontrava em seus postos, apenas esperando a ordem de iniciar o concerto.
Lene não entendia. Que será que estava acontecendo? Sua curiosidade não tinha limites. Seus olhinhos espertos não perdiam
uma cena sequer.
Nisto a Borboleta Azul desaparece e mais confusa a boneca fica, pois não consegue compreender o porquê de tanto mistério.
Olha ao redor à procura de uma explicação, anda de um lado para outro e eis que lá ao fundo, surgem alguns pássaros trazendo
no bico uma faixa pequenina com os dizeres:
"PARABÉNS, BORBOLETA AZUL! FELIZ ANIVERSÁRIO!"
_ Ah, então era isso? Pensa, Lene! Agora começo a entender tudo.
E lá ao fundo, acompanhada pelos fiéis amigos, retorna a graciosa borboleta, coroada com um diadema de flores, lentamente
voando em direção aos convidados: corujas, macacos, esquilos, enfim todos aqueles que vieram abraçá-la.
A orquestra com uma sinfonia suave deixava que a música embalasse os sonhos daqueles que presenciavam essa cena linda!
Tudo parecia irreal. Lene não sabia se estava dormindo ou se tudo era uma ilusão de sua cabecinha, pois jamais vira tanta
beleza reunida.
De seus olhinhos uma lágrima caiu, pois a emoção era mais forte. Sim, sua amiga estava feliz. No entanto, sua surpresa
foi maior quando:
_ Silêncio! Ouçam, por favor, agora nossa mais culta amiga fará uma mensagem para a aniversariante.
Com a palavra, a Corujinha! Disse o esquilo.
_ Minha emoção é muito forte, as palavras não saem livremente, ao me lembrar de que se não fosse Lene, se compadecer da
Borboleta Azul e a salvasse, hoje não estaríamos tão felizes. Nesta hora em que parabenizamos a aniversariante, quero dizer
que esse gesto de Lene foi uma prova de que só o amor constrói e nos dá força para viver, pois se ela não tivesse socorrido
nossa amiga, nesse momento só nos restaria chorar sua ausência.
Portanto, caros amigos, peço que dêem uma salva de palmas à aniversariante, extensivo à querida Lene, que nos possibilitou
estarmos todos reunidos nessa pequena homenagem. Obrigada!
A alegria foi geral. Todos se abraçavam entusiasmados, sabendo que graças ao carinho de alguém, hoje eram novamente felizes
e podiam comemorar mais um aniversário juntos.Lene nem sabia o que dizer, agradeceu a homenagem e se afastou ocultando os
olhos que teimavam em chorar...
Marlene Bomtempo
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